(Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram nesta quinta-feira (26), em quatro estados contra a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e armas de uma das facções com sede no Rio de Janeiro. Dez pessoas já foram presas.

A operação batizada de Fim do Mundo já conta com 30 denunciados e tem com objetivo desestruturar um grupo que movimentou mais de R$ 100 milhões.

Entre as áreas dominadas pela facção estão os complexos do São Carlos (Catumbi) e de Acari, a Vila Aliança (Bangu), parte da Maré e os morros da Babilônia e do Chapéu Mangueira, no Leme.

A investigação verificou que um dos pontos de descarga das drogas e armamentos ilegais era a Ceasa, a Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro, utilizada por traficantes devido à proximidade com a comunidade de Acari.

A denúncia do MPRJ demonstra que os alvos da operação fornecem armas e drogas para lideranças do tráfico, que revendem esses produtos ilícitos em diversas comunidades do Rio de Janeiro, além de localidades de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Agentes saíram para cumprir 18 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Dos 10 presos, quatro foram no RJ, quatro em SC e dois em SP.

A 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do RJ também mandou sequestrar imóveis, veículos e embarcações nos municípios do Rio de Janeiro, Mangaratiba (RJ), Angra dos Reis (RJ), Balneário Camboriú (SC) e Foz do Iguaçu (PR).

Além disso, foram bloqueadas mais de 32 contas bancárias vinculadas à organização criminosa. Ao todo, a constrição patrimonial totalizou mais de R$ 22 milhões.

A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e pela Delegacia de Repressão às Drogas (DRE-PF).

Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.