Padrasto de Joaquim é impedido de acompanhar depoimento de avós maternos

Folhapress

CAMILA TURTELLI SÃO JOAQUIM DA BARRA, SP – Guilherme Raymo Longo, acusado da morte do enteado Joaquim Ponte Marques, 3, foi impedido de acompanhar o depoimento dos avós maternos do menino à Justiça na tarde desta terça-feira (2) em São Joaquim da Barra (a 423 km de São Paulo). Maria Cristina Mingone Ponte e Vicente Ponte se recusaram a depor na companhia do acusado. Longo, então, foi retirado da sala de audiência e encaminhado para uma sala privativa, da onde acompanhou o término das oitivas para o processo. Ele está preso na penitenciária de Tremembé (a 147 km de São Paulo) e veio acompanhar o depoimento das testemunhas de acusação.

A legislação brasileira permite que acusados possam acompanhar o depoimento de testemunhas. Segundo o advogado de Longo, Antônio Carlos de Oliveira, ele deve dormir nesta terça no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franca (a 400 km de São Paulo) e na quarta-feira (3) retornar à penitenciária de Tremembé. O depoimento do acusado está marcado para 11 e 12 de setembro em Ribeirão.

Longo e Natália Mingoni Ponte, mãe do menino, foram denunciados pelo Ministério Público pela morte do menino, encontrado morto no rio Pardo em novembro do ano passado, em Barretos (423 km de São Paulo). Natália é apontada como omissa, enquanto Longo é acusado de ser o principal suspeito da morte. Ele teria aplicado uma injeção com superdosagem de insulina em Joaquim, que era diabético. Ambos negam envolvimento.

Longo, ao final do depoimento, foi escoltado por policiais e retirado do fórum pela porta dos fundos. Natália, que foi hostilizada no começo do mês passado ao acompanhar o depoimento de seu irmão, Alessandro Ponte, não compareceu ao fórum nesta terça.