Pai investiga por conta própria morte do filho e leva policiais à prisão

PMs afirmavam que jovem havia resistido a abordagem, mas pai comprovou que filho não era bandido

Redação Bem Paraná com G1

Cesar Dias de Oliveira foi morto em uma abordagem policial feita na Vila Dalva, na Zona Oeste da Grande São Paulo, na madrugada de 1º de julho. A morte foi inicialmente registrada como resistência a uma abordagem da polícia. 

Segundo policiais, Cesar passava de moto com um amigo pela Vila Dalva quando a polícia fez sinal para a moto parar. Os jovens, ambos de 20 ano, teriam resistido e tentado fugir, com o garupa realizando disparos. Pouco depois, Cesar, que era o dono da moto e estava na direção, perdeu o controle, caiu e ainda atirou. Levou cinco tiros, foi levado a um hospital em Osasco, mas chegou ao local já morto.

O pai do jovem não se conformou com a perda e resolveu investigar por conta própria o caso. A investigação começou logo depois que o pai deixou o hospital para onde o filho foi levado. . À medida que as provas eram reunidas, a versão dos policiais ficou mais frágil. No início desta semana, cinco policiais militares suspeitos foram presos.

Daniel tatuou o rosto do filho no braço. Meu filho foi herói, porque ele não era bandido. No nosso coração, ele vai ser sempre o nosso meninão, humilde, com o coração de criança, afirmou.

Os policiais militares presos atuavam na cidade de Osasco e abordaram os jovens na Zona Oeste da capital – um desses policiais é sargento. Em nota, a PM informou que a Corregedoria da corporação e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigam o caso.