
Segundo ao balanço parcial da Operação Glasnot, feito pela Polícia Federal (PF), entre os presos estão pais que abusavam das próprias filhas, um homem de 80 anos, e dois funcionários públicos que usavam computadores do órgão pra compartilhar pornografia infantil. A operação que combate o crime de pedofilia e compartilhamento de imagens de crianças e até bebês pela internert foi deflagrada nesta terça, 25, em 14 estados, entres ele o Paraná.
No Paraná, foram presas 4 pessoas, uma em flagrante em Curitiba e outras três em Maringá. Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
Pelo menos 15 vítimas já foram identificadas, ainda segundo a PF. “Um dos casos que nos chamou a atenção foi em Praia Grande, em São Paulo, de uma menina que sofreu abusos do pai entre os dois e oito anos de idade”, contou o delegado.
Os abusos, conforme a PF, ocorriam na casa da avó da menina, sem o conhecimento de mais ninguém. “Os abusos só pararam porque ele ficou com medo que a filha contasse para as amigas”.
Até as 10h20, 30 pessoas tinham sido presas, sendo 27 em flagrante e três preventivas. Professores, médicos, estudantes, um porteiro, entre outros, também estão entre os presos.
Ainda conforme o balanço, as investigações começaram com a prisão de um suspeito, em 2010, que teria citado um site russo, utilizado como ponto de encontro de pedófilos do mundo todo. Depois disso, foi deflagrada a primeira fase, em 2013, e agora a segunda etapa.
Os investigados produziam e armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses de vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.
A PF disse ainda que as investigações resultaram na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.
Também foram identificados criminosos de várias partes do mundo como americanos e russos. Entre os presos estão pessoas entre 18 e 80 anos. Alguns delas já com passagem pela polícia por fatos relacionados à pedofilia.
Operação Glasnot
A Polícia Federal deflagrou nesta terça, 25, a 2ª Fase da Operação Glasnost, que combate a exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil na internet.
Cerca de 350 Policiais Federais estão participando da deflagração da operação, cumprindo 72 mandados de busca e apreensão, 03 mandados de prisão preventiva e 02 mandados de condução coercitiva, em 51 municípios nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.
A ação é uma sequência da operação Glasnost, deflagrada em novembro de 2013, ocasião em que foram cumpridos 80 mandados de busca e prisão e realizadas 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil. Foram ainda identificados e presos diversos abusadores sexuais, bem como resgatadas vítimas, com idades entre 5 e 9 anos.
A investigação teve como base o monitoramento de um site russo utilizado como uma espécie de ponto de encontro de pedófilos do mundo todo, e resultou na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.
Os investigados produziam e armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses de vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.
Anteriormente à deflagração da segunda fase da operação, foram cumpridas medidas urgentes nas cidades de Osasco/SP, Presidente Prudente/SP, Porto Alegre/RS, Vila Velha/ES, Jundiaí/SP, Praia Grande/SP, Campo Grande/MS e Cachoeira do Itapemirim/ES, tendo em vista a identificação de casos concretos de abusos sexuais contra crianças. Em todos os casos foram presos os abusadores e identificadas as vítimas dos abusos.
Nome da operação
O nome da operação – Glasnost – é uma referência ao termo russo que significa transparência. A palavra foi escolhida porque a maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao redor do mundo.
Atualizada às 11h17