SÃO PAULO, SP – Cerca de 25 casas foram derrubadas nessa quarta (17) em uma ação na invasão conhecida como Ocupação Pirajussara (no Campo Limpo, zona sul), composta por barracos de alvenaria. Moradores fecharam um via em protesto. Segundo os moradores, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) derrubou as paredes com um trator por volta das 8h, evitando os locais com mulheres e crianças de colo. Antônio Carlos São Pedro, 32, disse que ele e outro homem foram algemados e levados à delegacia por terem se recusado a sair de suas casas. “Umas 50 famílias ficaram sem casa. Não teve notificação judicial, não teve assistente social, não teve ninguém”, disse. A Subprefeitura do Campo Limpo, responsável pela operação, negou que a operação tenha ocorrido de forma irregular. Afirmou que o terreno é público e que as famílias foram notificadas há três meses da ação contra obras irregulares. Algumas das casas que restaram ficaram danificadas, afirmaram os moradores. Cleide Aparecida Rodrigues, 26, disse que, quando viu uma parede sendo destruída, avisou que estava com seu filho dentro da casa. “Falei que meu filho estava dentro e pararam”, relatou. Após a operação, os moradores protestaram na rua em frente ao local, incendiando os restos das casas. A manifestação bloqueou parte da Estrada Pirajussara por duas horas durante a tarde dessa quarta. A Subprefeitura do Campo Limpo afirmou também que os moradores já haviam desocupado a área e não estavam mais vivendo ali. A invasão tem 16 edificações que foram preservadas por terem sido caracterizadas como moradias, segundo a subprefeitura.