SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou na tarde desta segunda-feira (29), nas redes sociais, que deixará o cargo a partir de terça (30). O secretário adjunto, Antonio Velloso Carneiro, também assina a carta de demissão, entregue ao governador no último dia 7.
“A partir de amanhã [terça], tendo finalmente o governador acolhido o nosso pedido, o secretário-adjunto, Antonio Velloso, e eu retornamos às nossas atividades profissionais no setor privado, com o sentimento do dever cumprido e na certeza de termos empreendido todos os esforços em prol do interesse público”, postou Salles.
Com a saída dos dois, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não confirmou quem assumirá o cargo, mesmo que interinamente.
Na carta de demissão, Salles e Velloso afirmam que “todas as medidas adotadas [no último ano] objetivaram atender aos anseios da sociedade, que em todo o país clama por um estado mais enxuto, menos oneroso e mais eficiente e racional. Procurando a livre iniciativa, o respeito à propriedade privada e a tão necessária segurança jurídica, acreditamos ter dado nossa contribuição para tornar o nosso Estado de São Paulo ainda mais próspero e competitivo”.
Fundador do movimento Endireita Brasil, Salles foi secretário particular de Alckmin entre 2013 e 2014 e foi empossado secretário de Meio Ambiente em julho do ano passado.
Nos últimos meses, ele se envolveu em polêmicas como a remoção de um busto do guerrilheiro Carlos Lamarca, morto pela ditadura militar, do Parque Estadual Rio do Turvo. O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) chegou a pedir que o Ministério Público investigue o secretário por suposta destruição de patrimônio público.
No início do ano, ele também foi acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público, por conta de suposta irregularidade no plano de manejo da APA (Área de Proteção Ambiental) do rio Tietê. A Promotoria afirmava ter havido modificações “maliciosas” nos mapas de zoneamento.