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A equipe veterinária do PMP-BS/R3 Animal realizou no sábado (18), a necrópsia do golfinho-pintado-do-atlântico (Stenella frontalis), encontrado na praia de Itapema/SC.
Durante o procedimento, os profissionais registraram a presença de grande quantidade de resíduos no esôfago e estômago do animal. Havia uma madeira de aproximadamente 20 cm e plástico grosso (sacolas) pesando 500g.
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O que aconteceu com o golfinho?
O golfinho encalhou nas areias da praia de Itapema/SC na sexta-feira (17), mas já estava debilitado quando a equipe do PMP-BS/Univali chegou ao local. O animal era uma fêmea de 69 kg, com cerca de dois metros.
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No mesmo dia, o animal foi transportado para o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal), em Florianópolis/SC. Lá, ele ficou em uma piscina adequada para cetáceos e seguiu sendo monitorado. Mas, infelizmente, na madrugada ele não resistiu e veio à óbito.
Veterinários encontram plástico em corpo de golfinho
Veterinários da equipe R3 Animal analisam que o lixo marinho ingerido foi responsável pela debilitação do animal seguida de sua morte. Resíduos como madeira e plástico lesionam as mucosas do esôfago de animais marinhos, o que leva a úlceras e hemorragias. Além disso, o lixo marinho no organismo prejudica a absorção de nutrientes. Isto é, o animal não busca alimentos porque já está com o estômago cheio.
“Encontramos a presença de grande quantidade de lixo plástico no estômago do golfinho, que impossibilitava a ingestão de alimentos. Esse cenário leva o animal à inanição e consequência fraqueza”, explica Matheus Marussi, veterinário da R3 Animal.
– O Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal) fica localizado no Parque Estadual do Rio Vermelho, unidade de conservação sob responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente (IMA-SC), em parceria com a Polícia Militar Ambiental.
– A realização do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma exigência do licenciamento ambiental federal. Além disso, o Ibama conduz o projeto para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos.