Uma mulher de 30 anos de idade foi presa em flagrante pela Polícia Militar (PM) de São Paulo na tarde deste sábado (26 de agosto). Ela é suspeita de matar a própria filha, que tinha apenas nove anos de idade, esquartejar o corpo da criança e escondê-lo numa.
O caso foi descoberto por pessoas que conhecem a suspeita, identificada como Ruth Floriano, e que a ajudaram numa mudança. Ao mexer na geladeira da mulher, numa casa no bairro Aracati, zona sul da capital paulista, essas pessoas encontraram partes do corpo de uma criança e então acionaram a PM.
Após o corpo ser revelado, a Polícia ainda ficou a sua procura por algumas horas. No final das contas, porém, ela foi localizada na casa do ex-marido, presa e encaminhada à delegacia de Polícia Civil, devendo responder por homicídio qualificado contra menor de 14 anos e emboscada por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver.
Duas versões e uma confissão
Segundo a Polícia Civil, responsável pela condução das investigações sobre o caso, a suspeita inicialmente negou o crime e disse que há “aproximadamente um mês”, quando a filha tinha 8 anos (a criança fazia aniversário em 6 de agosto) conheceu um homem, o levou para casa e lá consumiu drogas com ele, dormindo depois. Ao acordar, teria encontrado a filha morta, mas não se lembrava do que aconteceu.
Tal homem foi identificado e ouvido pela polícia. Ele negou envolvimento no caso, disse que já estava separado desde março de Ruth (a quem havia conhecido em 2018) e relatou ainda que a menina não recebia carinho ou afeto da mãe.
Depois, a mulher acabou mudando a versão sobre o crime. Disse que Alany foi morta em 8 ou 9 de agosto, poucos dias depois de seu nono aniversário. O motivo do assassinato, segundo ela, foi “não aceitar a separação com o pai” da criança, que não morava com a mãe e a menina e ainda não foi ouvido pela polícia.
A menina teria sido esfaqueada no peito e depois esquartejada, com os restos mortais sendo guardados em um saco plástico e numa caixa térmica. Só em 15 de agosto ela colocou as partes da menina na geladeira, mudando de residência no dia seguinte e levando a geladeira para outro imóvel com a ajuda de amigos e parentes do atual namorado.
Esse namorado, contudo, começou a desconfiar de Ruth, por ela não deixá-lo entrar em sua casa e por conta do cheiro esquisito que estaria vindo do imóvel.
No sábado, então, a mãe do namorado de Ruth decidiu entrar na casa enquanto a mulher estava fora e abrir a geladeira. Foi quando encontrou os restos mortais da criança.
A suspeita tem ainda outros dois filhos, que foram entregues ao Conselho Tutelar.