Primeira parcela do 13° sai até 30 de novembro (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Entre novembro e dezembro, estima-se que deverá ser injetado na economia paranaense mais de R$ 19 bilhões com o pagamento do 13° salário em 2024. Um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com as principais cidades do Paraná, mostra que aproximadamente de R$ 10,962 bilhões vão para as 40 principais cidades.

Esse valor corresponde a 80,7% do total a ser injetado no mercado formal (celetista e estatutário) da economia paranaense em 2024. Este montante será pago aos trabalhadores do mercado formal. Cerca de 2,788 milhões de paranaenses serão beneficiados com um rendimento médio de R$ 3.932,07.

Analisando as cidades abrangidas no estudo, constatou-se concentração dos valores a serem injetados na economia paranaense em poucos municípios, sendo que apenas três dos quarenta, Curitiba terá R$ 4.843.733.435(35,66%), Londrina (4,95%) e Maringá (4,83%), respondem por 44,45% do total. O maior valor médio para o 13° deve ser pago em Curitiba (R$ 4.889,89) e o menor em Cornélio Procópio (R$ 2.496,30).

Veja o gráfico com os 40 municípios que mais devem receber o abono

Tabela 1 – Impacto do 13º salário do Mercado Formal de Trabalho, nos principais municípios
Paraná – 2024
Município Empregos (1) Valor médio (2) 13º salário Part (%)
Curitiba 990.561 4.889,89 4.843.733.435 35,66%
Londrina 187.645 3.586,25 672.941.521 4,95%
Maringá 185.753 3.535,08 656.651.343 4,83%
São José dos Pinhais 121.654 3.988,32 485.194.921 3,57%
Cascavel 130.093 3.342,40 434.823.143 3,20%
Ponta Grossa 109.802 3.450,69 378.892.261 2,79%
Foz do Iguaçu 76.083 3.610,88 274.726.938 2,02%
Araucária 54.789 4.162,65 228.067.482 1,68%
Toledo 67.034 3.234,44 216.817.685 1,60%
Guarapuava 53.140 3.583,24 190.413.234 1,40%
Pinhais 53.493 3.280,65 175.492.062 1,29%
Paranaguá 46.097 3.769,50 173.762.812 1,28%
Colombo 50.548 3.243,35 163.944.639 1,21%
Arapongas 42.332 3.087,48 130.699.286 0,96%
Pato Branco 36.456 3.580,45 130.528.703 0,96%
Campo Largo 36.618 3.252,91 119.115.130 0,88%
Campo Mourão 32.390 3.543,56 114.775.828 0,84%
Apucarana 39.061 2.800,21 109.379.032 0,81%
Francisco Beltrão 32.601 3.275,72 106.791.767 0,79%
Umuarama 37.225 2.775,80 103.329.327 0,76%
Cambé 29.884 3.157,71 94.364.927 0,69%
Rolândia 27.266 3.185,00 86.842.121 0,64%
Telêmaco Borba 22.825 3.729,50 85.125.890 0,63%
Fazenda Rio Grande 24.538 3.314,88 81.340.433 0,60%
Paranavaí 27.098 2.916,62 79.034.661 0,58%
Cianorte 26.946 2.903,04 78.225.206 0,58%
Castro 22.488 3.328,39 74.848.728 0,55%
Medianeira 23.183 3.208,15 74.374.553 0,55%
Marechal Cândido Rondon 19.947 3.364,54 67.112.575 0,49%
Palotina 19.974 3.146,52 62.848.557 0,46%
Ibiporã 16.891 3.311,28 55.930.837 0,41%
Dois Vizinhos 16.996 3.231,02 54.914.448 0,40%
Cornélio Procópio 21.332 2.496,30 53.251.111 0,39%
Sarandi 16.598 3.032,46 50.332.733 0,37%
Mandaguari 15.219 3.163,25 48.141.440 0,35%
União da Vitória 16.977 2.794,49 47.442.128 0,35%
Almirante Tamandaré 16.667 2.793,36 46.556.895 0,34%
Irati 14.197 2.933,99 41.653.860 0,31%
Palmas 13.543 2.884,43 39.063.886 0,29%
Matelândia 12.040 2.580,27 31.066.405 0,23%
Subtotal 2.787.984 3.932,07 10.962.551.942 80,70%

Fonte: MTE/RAIS e Novo Caged e IBGE/INPC e PNAD Contínua
Elaboração: DIEESE/ER-PR

Para a realização do estudo foram selecionados os quarenta maiores municípios em relação ao maior
estoque de empregos formais no ano de 2022, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Para o cálculo do impacto, o DIEESE leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego.

No caso da RAIS, o DIEESE considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, no setor público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2022, acrescido do saldo do Caged de janeiro de 2023 a setembro de 2024.

Em função da não disponibilidade de informações para o nível geográfico municipal, não foram considerados nos cálculos os seguintes segmentos: empregados domésticos com carteira assinada; beneficiários – aposentados e pensionistas – do Regime Geral de Previdência Nacional (RGPS) do Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS); e aposentados e pensionistas pelos Regimes Próprio de Previdência Social (RPPS’s) da União, Estado e dos municípios.

Para efeito do cálculo, o DIEESE não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho, que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que esses dados são de difícil mensuração.

Além disso, não há distinção dos casos de categorias que recebem ao menos parte do 13º antecipadamente, por definição, por exemplo, de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).