A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) lançou nesta segunda-feira, 13, o Instituto ABBC de Estudos Acadêmicos do Sistema Financeiro (IEASF/ABBC), para realizar pesquisas e estudos independentes sobre o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Durante o lançamento, a entidade, que representa cerca de 120 instituições, informou ter fechado o primeiro acordo com uma instituição de ensino, o Ibmec, para a realização dos estudos.

O evento de lançamento teve as presenças dos diretores do Banco Central Otávio Dâmaso (Regulação), Diego Guillen (Política Econômica) e Ailton de Aquino (Fiscalização).

Em discurso, Damaso afirmou que as tecnologias digitais aceleraram a transformação do SFN e promoveram a inclusão. No entanto, de acordo com ele, ainda faltam estudos sobre as instituições financeiras que analisem sob o ponto de vista da academia os efeitos que estas mudanças podem provocar.

“Há uma lacuna de estudos que nós precisamos preencher”, afirmou o diretor do BC.

Durante o discurso, ele não tratou de política monetária, dado que os membros da diretoria do BC ainda estão em período de silêncio após a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu em 0,25 ponto porcentual a taxa Selic sem unanimidade.

No evento, a presidente da ABBC, Sílvia Scorsato, disse que as exigências do consumidor mudaram, a agenda do BC estimulou a inovação e o sistema precisa acompanhar essas tendências. “Os agentes devem adaptar-se rapidamente às tendências e demandas para permanecem relevantes e aproveitarem as oportunidades emergentes”, afirmou.