A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou ontem (18) a extinção do Escritório de Aviação Civil de Curitiba, localizado no Aeroporto do Bacacheri, e dos postos de serviços da capital, de Foz do Iguaçu e de Londrina. De acordo com a determinação da Anac, o prazo para que as unidades estejam completamente desativadas varia de 60 a 180 dias.
Também foram anunciados ontem o fechamento da unidade regional de Porto Alegre, da unidade de Recife (PE).
A decisão da Anac surpreendeu entidades ligadas à aviação no Rio Grande do Sul. O presidente da Federação dos Aeroclubes do Estado do RS, Nelson Riet, anunciou para a próxima segunda-feira uma reunião de mobilização envolvendo ainda o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola, contra o fechamento da unidade. Conforme o dirigente, a unidade é a responsável por regularizar a situação de pilotos e comissários, incluindo a realização de exames técnicos. Na opinião de Riet, a inspeção anual de manutenção das de aeronaves, nos aeroclubes e nas empresas também ficam prejudicados. “Tudo isso terá de ser feito no Rio de Janeiro”, explicou. Conforme Riet, a Anac peca por não ter um sistema eficiente, onde nem a própria agência entende as suas regras.
Através de nota, a Anac explicou que a mudança visa aumentar a eficiência dos serviços da agência, que está reestruturando os serviços fora do RJ, São Paulo e Brasília. A mesma portaria cria Escritórios de Aviação Civil (EAC) na capital gaúcha e em Belo Horizonte (MG), Macaé (RJ), Recife (PE) e Salvador (BA). “Os novos escritórios realizarão trabalhos essenciais junto aos regulados nessas regiões e contarão com efetivo adequado para as demandas locais, dispensando o suporte da área administrativa”, justificou a mesma nota da Anac.