Aneel decide por manter bandeira que deixa conta de luz mais cara

Estadão Conteúdo, editado por Lycio Vellozo Ribas
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Conta de luz. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A conta de luz terá uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para o mês de julho. Nesta sexta-feira (27), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o acionamento da Bandeira Vermelha patamar 1 nas contas de energia para o próximo mês.

Segundo a agência, a manutenção da bandeira vermelha reflete a continuidade do cenário hidrológico negativo no País. O volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas inferior à média histórica para o período. Isso reduz a geração de energia por hidrelétricas. “Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas”, diz a Aneel.

Conforme mostrou a Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), especialistas do setor elétrico se dividiam entre quem apostava em uma bandeira tarifária vermelha patamar 1, como foi estabelecido pela Aneel, e quem antevia a possibilidade de bandeira amarela. De qualquer forma, o cenário se mostrou mais favorável do que o previsto no início de junho. Na época, o mercado trabalhava com a perspectiva de uma cobrança ainda mais elevada a partir de julho, com bandeira vermelha patamar 2.

A chuva ao longo de junho, especialmente na região Sul, melhorou a situação de armazenamento na região. E propiciou a queda dos preços da energia no curtíssimo prazo (PLD), um dos gatilhos para o acionamento da bandeira tarifária.

No entanto, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta que em julho as chuvas serão abaixo da média na maior parte do País. Mesmo no Sul, onde as precipitações seguem com maior intensidade, há previsão de forte redução dos volumes a partir da segunda semana do próximo mês.