Os bancários de Curitiba fecharam, ontem, seis agências do banco HSBC. As agências Comendador Araújo, Marechal Deodoro, João Negrão, Água Verde, Centro Cívico e André de Barros, não tiveram expediente durante todo o dia. Os caixas eletrônicos também ficaram fechados, exceto na agência Centro Cívico.
A paralisação foi uma resposta às demissões que o banco realizou na última quinta-feira. O Sindicato dos Bancários de Curitiba contabilizou 33 demissões na semana passada. No Paraná são cerca de 100 demissões e no Brasil, 393. “Somadas a outras 52 demissões realizadas no primeiro trimestre deste ano, são 85 demissões só em Curitiba”, afirma Marisa Stedile.

“As atitudes do corpo diretivo do HSBC demonstram que eles apenas estão preocupados com a imagem do banco e não com seus funcionários e clientes”, lamenta Marisa Stedile, presidente do Sindicato dos Bancários. “As demissões foram um golpe nos bancários que temem novas dispensas. Não há como acreditar na palavra do banco depois desta traição”. Marisa Stedile se refere à reunião realizada em 4 de abril, entre representantes dos funcionários e do banco. No encontro, o HSBC assegurou que não haveria demissões. O banco fechou 30 Centros de Serviços em todo o país e afirmou que os 1068 funcionários que atuavam nestes locais de trabalho seriam realocados para as agências. O banco preservou estes bancários, que recebem salários mais baixos e demitiu outros funcionários que atuavam nas agências e eram funcionários de carreira, especialmente gerentes de aquisição.

“Em 2006, o HSBC teve o maior lucro de sua história de dez anos no Brasil. Um banco que lucra como o HSBC não tem a necessidade de enxugar o quadro de funcionários desta forma e com isso prejudicar diretamente o atendimento aos seus clientes”.