Cesta básica (Foto: Tânia Rêgo/ABr)

Em outubro de 2023, o custo da cesta básica da cidade de Curitiba foi o sétimo maior entre as 17 cidades (R$ 675,01), com uma variação de -0,91% em relação a setembro. Na comparação com outubro de 2022, a cesta caiu 3,06% e, nos primeiros dez meses do ano, caiu 3,39%.

Entre setembro e outubro de 2023, oito produtos apresentaram retração no preço médio: leite integral (-6,90%), tomate (-4,74%), café (-4,21%), banana (-3,47%), óleo de soja (-2,06%), açúcar refinado (-1,58%), farinha de trigo (-0,45%) e manteiga (- 0,39%).

Houve elevação no valor médio da batata (8,88%), arroz parboilizado (4,01%), pão francês (0,90%), feijão preto (0,46%), carne bovina de primeira (0,13%).


No ano (out/2023 / dez/2022), oito produtos estão apresentando queda acumulada do preço médio, sendo as reduções registradas no óleo de soja (-34,32%), batata (- 20,70%), café (-14,94%), farinha de trigo (-10,45%), banana (-9,75%), leite integral (-6,42%), carne bovina de primeira (-6,16%) e manteiga (-1,36%). Ocorreram aumentos no arroz parboilizado (13,86%), tomate (12,90%), açúcar refinado (7,92%),
feijão preto (4,26%), pão francês (3,93%).


Em 12 meses (out/2023 / out/2022), foram registradas quedas em oito dos 13 produtos da cesta: óleo de soja (-33,27%), batata (-24,07%), café (-16,72%), leite integral (-12,49%), banana (-10,94%), farinha de trigo (-9,34%), carne bovina de primeira (-7,69%) e manteiga (-5,13%). Os aumentos ocorreram no tomate (33,94%), arroz parboilizado (26,41%), feijão preto (9,60%), açúcar refinado (6,08%), pão
francês (4,31%).


Em outubro de 2023, o trabalhador curitibano remunerado pelo salário-mínimo comprometeu 112 horas e 30 minutos da jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais. Em dezembro de 2022, o tempo foi de 126 horas e 49 minutos, e em outubro de 2022, 126 horas e 23 minutos.

Quando comparados o custo da cesta e o salário-mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, o percentual em outubro de 2023 foi de 55,28%, de 62,32% em dezembro de 2022 e de 62,11% em outubro de 2022.

Nacional

Em outubro de 2023, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 12 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As quedas mais importantes ocorreram em Natal (-2,82%), Recife (-2,30%) e Brasília (-2,18%). As altas foram registradas em Fortaleza (1,32%), Campo Grande (1,08%), Goiânia (0,81%), São Paulo (0,46%) e Rio de Janeiro (0,17%).

Porto Alegre foi a cidade onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 739,21), seguida por Florianópolis (R$ 738,77), São Paulo (R$ 738,13) e Rio de Janeiro (R$ 721,17). Nas capitais do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 521,96), João Pessoa (R$ 554,88) e Recife (R$ 557,10).

A comparação dos valores da cesta, entre outubro de 2022 e outubro de 2023, mostrou que 12 capitais tiveram redução do preço médio, com destaque para Brasília (-7,34%), Campo Grande (-6,91%) e Goiânia (-5,88%). Outras cinco cidades tiveram variações positivas: Salvador (0,09%), Aracaju (1,25%), Natal (1,52%), Belém (2,88%) e Fortaleza (4,23%).

Nos 10 meses de 2023, o custo da cesta básica diminuiu em 16 municípios, com taxas entre -11,12%, em Brasília, e -0,38%, em Natal. A alta foi registrada em Aracaju (0,17%).


Comportamento dos preços dos produtos da cesta1


• Os preços médios do leite integral diminuíram em 15 capitais, entre setembro e outubro. As quedas oscilaram entre -6,90%, em Curitiba, e -0,51%, em Recife. As altas ocorreram em Fortaleza (0,98%) e Belém (0,28%). Em 12 meses, os valores caíram em todas as cidades, com destaque para Natal (-22,04%), Aracaju (-20,68%) e Recife (-19,40%). A oferta do produto foi maior, por causa da produção de leite no campo e da importação, o que fez com que os preços diminuíssem no varejo.


• Entre setembro e outubro, o valor do quilo do feijão carioquinha diminuiu em todas as cidades onde é pesquisado (capitais do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo), com variações entre -9,46%, em Belém, e -1,35%, em João Pessoa. Em 12 meses, o valor médio apresentou queda em todos os
municípios acompanhados, com destaque para Brasília (-27,34%), Belém (-25,56%), Belo Horizonte (-24,46%) e Fortaleza (-23,54%). Os grãos oriundos da colheita irrigada abasteceram o varejo e houve queda nos valores. O feijão tipo preto, cujo valor é coletado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, registrou variações positivas em Curitiba (0,46%) e no Rio de Janeiro (0,14%), e, redução em Vitória (-3,53%), Porto Alegre (-2,36%) e Florianópolis(-1,29%). Em 12 meses, os aumentos variaram entre 0,82%, em Vitória, e 17,49%, em Florianópolis. As importações e os grãos da safra mais recente abasteceram o varejo.


• O valor do quilo do tomate diminuiu em 12 capitais, entre setembro e outubro. As variações oscilaram entre -19,55%, em Natal, e -2,71%, em Porto Alegre. Outras cinco capitais tiveram elevações, com destaque para Fortaleza (9,64%), Goiânia (9,62%) e Campo Grande (6,46%). Em 12 meses, o preço médio nas capitais chegou a aumentar 84,02%, em Fortaleza, 53,10%, em Salvador, e 51,06%, em Recife. A menor elevação foi registrada em Florianópolis, 17,59%. O calor intenso maturou o tomate e elevou a oferta no varejo.

• O preço do quilo da batata aumentou em todas as capitais do Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. Entre setembro e outubro, as maiores elevações foram registradas em Campo Grande (30,77%), Rio de Janeiro (29,10%), Belo Horizonte (26,15%), Brasília (25,61%) e Porto Alegre (20,85%). Em 12 meses, todas as cidades tiveram redução acumulada, que oscilou entre -24,07%, em Curitiba, e
-7,33%, em Campo Grande. As altas temperaturas e as chuvas trouxeram resultados negativos para a produção nacional de batata, reduzindo a qualidade e fazendo subir o preço no varejo.


• O quilo do arroz agulhinha ficou mais caro em todas as capitais, em outubro. As altas mais importantes ocorreram em Florianópolis (9,25%), Brasília (7,35%) e no Rio de Janeiro (6,72%). Em 12 meses, todas as cidades apresentaram elevação de preços e as taxas variaram entre 11,28%, em Belém, e 30,52%, em
Florianópolis. A maior demanda externa pelo arroz brasileiro e a desvalorização do real diante do dólar reduziram a oferta e elevaram os preços no varejo.

• O valor do quilo do pão francês aumentou em 13 capitais, com destaque para João Pessoa (2,74%) e Florianópolis (1,12%). A maior redução de preços, entre setembro e outubro, ocorreu em Porto Alegre (-2,03%). Em 12 meses, houve variações positivas em quase todas as capitais, exceto em Recife (-0,22%). As taxas variaram entre 1,71%, em Belém, e 8,64%, em Fortaleza. O alto volume de trigo importado, as variações do preço internacional, devido ao conflito da Rússia com a Ucrânia, e as oscilações climáticas elevaram o valor da farinha. Com a pressão desses fatores e demanda maior, o pão francês teve os preços aumentados.


• O valor médio do quilo do açúcar subiu em 11 cidades, com taxas entre 0,54%, em Brasília, e 5,41%, em Belo Horizonte. As quedas mais importantes foram anotadas em Belém (-2,67%) e Fortaleza, (-2,28%). Em 12 meses, 12 capitais apresentaram aumentos que ficaram entre 0,28%, em Vitória, e 15,02%, em
Florianópolis. As quedas mais expressivas ocorreram em Belém (-5,85%) e Campo Grande (-2,06%). O aumento do preço internacional e a maior exportação reduziram a oferta interna e aumentaram o preço no varejo.