
A economia paranaense está mais pujante em 2025, via de regra com crescimento acima da média nacional em setores importantes. É o que mostram três pesquisas divulgadas na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a indústria despontando como principal destaque do ano no estado, pelo menos até aqui. O comércio varejista e o setor de serviços, no entanto, também apresentam resultados positivos, apesar de algumas ressalvas a serem feitas.
Entre janeiro e junho, por exemplo, o setor industrial cresceu 1,2% no Brasil, com resultados positivos em dez dos dezoito locais pesquisados. O Pará foi o estado com o melhor resultado (alta de 6,9%), devido às indústrias extrativas e de metalurgia, com destaque para a produção de minérios de manganês e de cobre. O Paraná, no entanto, aparece logo na sequência, com a atividade industrial no estado avançando 5,2%. Por aqui, as principais influências foram a indústria de máquinas, aparelhos e materiais elétricos; veículos automotores, reboques e carrocerias; coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e produtos químicos.

Indústria alavanca a economia (Foto: Calfor/Divulgação)
O comércio varejista, por sua vez, viu o volume de vendas crescerem 2,4% no primeiro semestre do ano, mais um resultado acima da média nacional (de +1,8%). E no mês de junho, especialmente, as vendas tiveram uma alta expressiva, de 2,6%. Um resultado que contrasta com o recuo de 0,1% verificado no Brasil no mesmo mês. Não à toa, o resultado paranaense em junho (na comparação com maio) foi o melhor do país.

Comércio também sobe (Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)
Pesquisa do comércio acumula alta no Estado
Entre os oito setores pesquisados do comércio varejista, quatro acumulam alta no volume de vendas em 2025. São eles: tecidos, vestuário e calçados (+11,1%), móveis e eletrodomésticos (+9,2%), combustíveis e lubrificantes (+3,5%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+2,2%). Por outro lado, outros quatro segmentos registram retração: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-11,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,4%).
Finalmente, o setor de serviços, que é também o que apresenta os resultados “menos positivos”. Isso porque a alta no volume de serviços no primeiro semestre foi de apenas 1,6% no estado, resultado bem abaixo da média nacional (+2,5%). Em junho, no entanto, o setor já mostrou um maior aquecimento, com alta de 0,8% na demanda, acima da alta de 0,3% no Brasil e o sexto melhor resultado do país. No mês de referência, o Paraná só não viu o volume de serviços crescer mais do que em Tocantins (4,5%), Distrito Federal (2,3%), Mato Grosso do Sul (2,2%), Rio Grande do Norte (1,3%) e Espírito Santo (0,9%).

Serviços (Foto: Gilson Abreu/AEN)
Ainda dentro desse segmento, o índice de atividades turísticas teve um importante recuo em junho, de 2,1%, queda acima da média nacional (-0,9%). No ano, entretanto, o volume das atividades turísticas já registra um avanço de 5,5% no Paraná. Resultado positivo, mas que fica baixo do verificado no Brasil: +6,6%.