
O consumo de energia no Paraná cresceu 3,4% no terceiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. Foram consumidos 8.195 GWh (gigawatt-hora) entre julho e setembro deste ano. No acumulado do período, de janeiro a setembro, o volume total consumido foi de 25.036 GWh, o que representa um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado do trimestre foi puxado pelo consumo dos setores residencial, que cresceu 8,8%; comercial, que experimentou uma alta de 5,7%; e rural, com acréscimo de 3,4%.
O aumento no âmbito residencial refletiu, principalmente, as temperaturas mais elevadas nos meses de agosto e setembro, bem como um incremento de 2% no número de consumidores desta classe, que alcançou a marca de 4.190.534 unidades, 82,5% do total de clientes da companhia, de 5.078.328.
Em segundo lugar, o aumento foi puxado pelo bom desempenho do comércio, com destaque para o varejo, atacado e o setor de alimentação. A classe rural, por sua vez, experimentou um crescimento proporcionado majoritariamente pela agricultura e pecuária.
MERCADO CATIVO – Levando em consideração somente o mercado cativo da Copel – consumidor que compra, necessariamente, energia da concessionária que distribui para sua região -, o aumento no consumo de energia no terceiro trimestre foi de 4% em relação ao mesmo período de 2022. No acumulado do ano, a alta foi de 1,6% em relação aos nove primeiros meses do ano passado.
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA – Tendência crescente, a adesão aos sistemas de micro e minigeração distribuída chegou a 293 mil conexões em todo o Paraná, em setembro, número 59,5% superior em relação ao mesmo período de 2022. O volume de energia compensada, que representa o excedente de geração de energia elétrica dos clientes, injetado na rede da Copel, cresceu 83,7% no terceiro trimestre, e 70,4% no acumulado do ano.
Dicas de economia em períodos mais quentes
Temperaturas mais altas normalmente faz aumentar o uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado. O acionamento frequente desses equipamentos eleva o consumo de energia e pode trazer impactos na conta de luz, caso não sejam utilizados da forma correta.
De acordo com o gerente de inovação e coordenador do Programa de Eficiência Energética da Copel, Diego Munhoz, o erro mais comum ao utilizar o ar-condicionado está na preparação do ambiente.
“O ambiente em que o ar-condicionado está em uso muitas vezes não é fechado da forma adequada. As janelas e as portas ficam entreabertas. Isso faz com que o ar saia para o ambiente externo e deixe entrar ar quente. Por causa disso, o aparelho precisa ficar ligado por mais tempo e consome mais energia”, explica.
Para a compra, Munhoz afirma que ter um planejamento exato de onde se deseja colocar o ar-condicionado é imprescindível. “É preciso fazer o dimensionamento correto, porque a potência do aparelho varia conforme o tamanho do espaço. Existem recomendações dos fabricantes de como calcular essa potência e, dependendo do ambiente, você tem a necessidade de um ar com maior ou menor potência”, afirma. De maneira geral, são adicionados 600 BTUs para cada metro quadrado do ambiente, para cada pessoa que irá ocupá-lo e para cada equipamento que gere calor.
Tanto para o ar-condicionado quanto para o ventilador, o ideal é deixá-los ligados apenas enquanto estiverem em uso. De madrugada, por exemplo, é possível programar alguns aparelhos para se desligarem automaticamente. Outra dica importante é regular a temperatura de forma correta. Não é necessário ligar em temperaturas baixas demais, pois entre 21 e 24 graus o ambiente já ganha conforto térmico e mantém o consumo estável.
Em dias muito quentes, o melhor é ligar o ar-condicionado cinco minutos antes do uso e manter cortinas e persianas fechadas, para rebater a luz do sol e evitar aquecimento excessivo do ambiente. Em empresas, comércios, consultórios ou em locais em que se sabe o horário de saída é possível desligar o aparelho de 30 a 40 minutos antes. Isso mantém o ambiente agradável até o momento de ir embora e garante a economia de energia.
HÁBITOS PARA ECONOMIZAR – Além do uso de ar-condicionado e ventiladores, refrigeradores e chuveiros elétricos também podem aumentar o consumo de energia durante os dias mais quentes. Algumas dicas que podem ajudar na economia são:
– Não deixar a geladeira próxima de fontes de calor (como janelas e portas);
– Só abrir a geladeira o tempo necessário;
– Evitar colocar alimentos quentes dentro da geladeira;
– Trocar a posição do chuveiro de inverno para verão;
– Tomar banhos rápidos.