
Com a chegada do inverno e o aumento nas tarifas de energia elétrica, cresce a procura por aquecedores a gás como alternativa econômica e confortável para garantir banho quente nos dias frios. A mudança no clima e a adoção da bandeira amarela, com cobrança extra de R$ 1,88 por 100 kWh, impulsionam essa tendência, que deve se intensificar com a possível entrada da bandeira vermelha no segundo semestre, segundo projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Fabricantes já se movimentam para atender à alta na demanda, oferecendo modelos mais eficientes e sustentáveis, como os da catarinense Komeco, que aposta em equipamentos com selo A do INMETRO e integração com sistemas de energia solar.
Tecnologia digital
Um exemplo é o Decor, que se destaca no ambiente doméstico pela tampa frontal em vidro temperado com digital touch screen. O modelo é o único no mercado brasileiro com bomba de pressurização integrada, garantindo vazão de água até cinco vezes maior que a de um chuveiro elétrico convencional. Além disso, possui sistema de recirculação de água, que evita desperdício ao reaproveitar a água acumulada na tubulação. Com capacidade para atender múltiplos pontos de consumo simultâneo, é indicado para residências com maior demanda por água quente.
O controle das funções pode ser feito remotamente por meio de aplicativo via Wi-Fi, permitindo ajustes de temperatura e monitoramento do consumo diretamente pelo celular. Além do desempenho, o modelo oferece recursos de segurança, como exaustão forçada que direciona os gases para fora do ambiente, controle inteligente de temperatura, ignição automática e sensores contra vazamentos de gás. O aparelho também conta com válvula de alívio, que protege o sistema em casos de sobrepressão.
Head de Desenvolvimento de Produtos, Eduardo Antunes diz que a busca por alta eficiência é preocupação desde as fases iniciais de pesquisa de produtos das linhas de aquecimento a gás e solar da Komeco. “Essa preocupação ganha ainda mais relevância diante do atual cenário energético e do aumento na procura por fontes alternativas de energia”, acrescenta. Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostra que em 2024 o Brasil adicionou 14,3 GW em energia solar fotovoltaica, elevando a capacidade operacional da fonte para mais de 52 GW, um avanço de quase 40% em um ano.
O consumo residencial de gás natural também cresceu. A variação foi de 1,4% em 2024, atingindo uma média de 1,456 milhão de metros cúbicos por dia, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). “A sustentabilidade está definitivamente na agenda das pessoas – por motivos ambientais e econômicos. Trabalhamos desenvolver produtos que garantam conforto térmico e ao mesmo tempo atendam essa necessidade que tende a ganhar importância ao longo do tempo”, diz Antunes.