Reprodução Cartaz UGT-PR

Trabalhadores de condomínios de Curitiba e Região Metropolitana, sem reajustes há três anos, reivindicam salários e melhorias nas condições de trabalho. Segundo Manassés Oliveira, presidente da União Geral do Trabalhadores (UGT-PR) e representante da categoria, os trabalhadores não suportam mais tanto descaso e preparam manifestação.

A ação foi convocada para esta sexta-feira, 11 de agosto, a partir das 8 horas, em frente ao Secovi (sindicato patronal), na Rua Doutor Pedrosa, 475, Centro de Curitiba. “Esgotamos todas as possibilidades e até a proposta de intermediação do Ministério Público do Trabalho foi rejeitada pelos representantes patronais”, explicou Oliveira, que negocia junto com o Sindicon, Sindicato que representa a categoria.

Segundo ele, os trabalhadores denunciam a intransigência do Secovi, que se recusa a avançar até em questões básicas, como garantir o acesso a banheiros e condições sanitárias para os funcionários dos condomínios. A categoria afirma que a luta pelo direito a um banheiro já se arrasta há anos em Curitiba. “No meu prédio só podíamos usar o banheiro do salão de festas e quando este estava sendo usado pelos moradores, a única alternativa era pedir emprestado o do síndico, que ficava no 8º andar”, declarou José Claudiney Gonçalves Pontes, presidente do Sindicato.

Outras reivindicações dos trabalhadores são a correção dos salários e benefícios pela inflação acumulada, aumento real, inclusão de seus dependentes na assistência à saúde e benefícios sociais. O último aumento da categoria foi em maio de 2020 e a defasagem salarial já ultrapassa 25% sendo considerado só o INPC.

Após tanto tempo de descaso, que incluiu também o período de pandemia, onde a categoria não parou, Sindicon e a UGT esperam que a manifestação pública possa contribuir para um desfecho positivo. “A categoria é constituída em sua maioria, por trabalhadores de grande confiança, porque zelam pela segurança e limpeza dos condomínios, normalmente por muitos anos. Esperamos que os próprios moradores nos ajudem a sensibilizar os síndicos e administradoras para que pressionem seus representantes a negociar e garantir os direitos dos seus funcionários”, justificou Manassés.