Comércio do Paraná movimenta R$ 620 bilhões e conquista 3º lugar no ranking nacional

Estado teve crescimento acima da média brasileira e lidera com folga na Região Sul

AEN
Comércio – imagens de consumidores e vendedores em lojas no comércio varejista na região do Sítio Cercado em Curitiba. – lojas de roupas – utensílios domésticos – celulares – viaturas da polícia militar nas ruas – trânsito movimentado na rua Izak F

Comércio em Curitiba (Foto: Albari Rosa/AEN)

O Paraná teve a terceira maior receita bruta do comércio no Brasil em 2023, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (7) pelo IBGE. O setor movimentou impressionantes R$ 620 bilhões ao longo do ano, com alta de 7,5% em relação a 2022, desempenho superior à média nacional (7,3%).

O Estado ficou atrás apenas de São Paulo (R$ 2,2 trilhões) e Minas Gerais (R$ 767 bilhões) – justamente os dois mais populosos do país. Na sequência aparecem Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Na Região Sul, o Paraná lidera com folga, representando 38,5% de toda a movimentação comercial, contra 31% do Rio Grande do Sul e 30,5% de Santa Catarina.

Atacado impulsiona a economia

O atacado foi o setor mais forte, responsável por 55,2% da receita bruta do comércio paranaense. Em seguida, vieram o varejo (36,3%) e o segmento de veículos, peças e motocicletas (8,5%).

A pesquisa também aponta que em 2023 o Paraná encerrou o ano com 141.581 unidades, um aumento de 2,1% em relação a 2022. É o maior número de estabelecimentos desde 2015, revertendo uma tendência de queda registrada ao longo da última década.

A maior parte das empresas do comércio local estava enquadrada no grupo varejista, que possuía 101.641 unidades, representando 71,8% do total. O comércio por atacado somou 23.508 unidades comerciais (16,6%), seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas, com 16.432 empresas (11,6%).

O levantamento mostrou que em 2023 o Brasil contava com 1,7 milhão de unidades locais. A pesquisa também mostra uma tendência de transformação no perfil do setor, com destaque para o crescimento do comércio eletrônico – entre 2019 e 2023, o número de empresas que venderam pela internet praticamente dobrou, passando de 1,9 mil para 3,7 mil.

Realizada anualmente pelo IBGE desde 1996, a Pesquisa Anual de Comércio (PAC) é a principal fonte de estatísticas estruturais sobre o setor comercial brasileiro. Os dados completos podem ser acessados pelo SIDRA, banco de dados do IBGE.