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Imagem ilustrativa (Foto: Alexandre Brum/Petrobras)

O agravamento do conflito no Oriente MĂ©dio apĂ³s ataque dos Estados Unidos a trĂªs instalações nucleares no IrĂ£, deve elevar os custos de produĂ§Ă£o de petrĂ³leo. A avaliaĂ§Ă£o Ă© de Karine Fragoso, gerente geral de PetrĂ³leo, GĂ¡s, Energias e Naval da FederaĂ§Ă£o das IndĂºstrias do Rio de Janeiro (Firjan).

“Estamos preocupados pelo preço do petrĂ³leo e, tambĂ©m, pelos impactos que o fechamento do Estreito de Ormuz pode ter em outras cadeias de produĂ§Ă£o”, comentou ela, neste domingo (22), em relaĂ§Ă£o ao possĂ­vel fechamento, pelo IrĂ£, de uma rota relevante do fornecimento da commodity. “Como importadores de equipamentos, nĂ³s podemos ser atingidos pela alta de preços, que pode resultar da reduĂ§Ă£o da oferta de energia.”

A executiva avalia que o mercado de energia jĂ¡ vive uma fase de preços altos globalmente, com a busca por matrizes mais limpas. Neste ambiente, a reduĂ§Ă£o da oferta e com manutenĂ§Ă£o da demanda inevitavelmente levaria a custos mais elevados.

“Isso joga luz sobre quĂ£o importante Ă© a recomposiĂ§Ă£o das nossas reservas. Hoje, temos menos de 13 anos, o que nos acrescenta riscos desnecessĂ¡rios e nos coloca numa posiĂ§Ă£o de desvantagem frente a outras economias”, comentou, defendendo a exploraĂ§Ă£o das cinco bacias da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas e lembrando que dez anos atrĂ¡s o Brasil tinha 23 anos de reservas provadas.

AlĂ©m disso, afirmou Fragoso, Ă© preciso aumentar a capacidade de refino para o Ă³leo produzido no Brasil, adequando o parque industrial, que remonta Ă  dĂ©cada de 80, e avançar em uma regulamentaĂ§Ă£o que incentive o aumento de produĂ§Ă£o em campos maduros, como os da Bacia de Campos.