
Na construção civil a base de um projeto bem-sucedido costuma ser atribuída ao concreto, o cronograma atendido e a estrutura cuidada. Mas algo menos visível é igualmente essencial, e vem ganhando destaque: a maturidade analítica, um caminho que acompanha desde a coleta e organização dos dados até sua transformação em decisões estratégicas.
À medida que esse processo de evolução no uso da informação avança, entram em cena ferramentas mais sofisticadas, como a inteligência artificial (IA), especialmente nas etapas em que os sistemas passam a recomendar ações com base em padrões aprendidos.
Nesse cenário a Pride Construtora molda sua estratégia de inovação nesse contexto, priorizando produtividade e eficiência, a Pride se destaca por sua evolução baseada em dados, automação, inovação e uma cultura interna.
Flávio Miguel Breda, Gerente de Tecnologia da Informação da empresa, explica que a construtora destina mais de R$ 2 milhões anuais à tecnologia e à inovação. Esse investimento abrange várias áreas, como automação robótica de processos (RPA), sistemas ERP que conectam diferentes setores, CRM para gerenciar relacionamentos com clientes, vcomputação em nuvem, data warehousing para análise de dados e licenças de software.
Esses investimentos garantem aumentos constantes na produtividade e eficiência operacional, além de melhorar a experiência de clientes, parceiros e colaboradores. Por exemplo, a automação da empresa já economizou 430 horas de trabalho mensais, com projetos adicionais que devem trazer mais 539 horas. Isso soma quase 1.000 horas a cada mês, o que corresponde a pouco mais de seis meses de trabalho de um colaborador. Com esse tempo liberado, as equipes podem se concentrar em atividades mais estratégicas e análises de maior valor para o negócio.
Ferramentas digitais aceleram a produtividade, parte do investimento também está voltada ao uso de ferramentas de inteligência artificial da Microsoft, como o Copilot. A plataforma que reúne diferentes recursos do pacote Microsoft 365 (Word, Excel, Outlook e Teams) e, recentemente, passou a incorporar o modelo GPT-5 da OpenAI. Na prática, isso significa que os colaboradores podem pedir ao sistema para resumir reuniões, elaborar relatórios ou analisar planilhas de forma mais rápida. O GPT-5 permite que o Copilot entenda perguntas complexas, mantenha conversas mais próximas da linguagem natural e ofereça respostas contextualizadas.
Os ganhos já são perceptíveis segundo o gerente da área de tecnologia da empresa “Com o Copilot, a equipe economiza tempo em tarefas do dia a dia e consegue tomar decisões com mais precisão. Esse apoio digital tem se tornado parte da rotina, liberando energia para atividades mais estratégicas.”
A IA como diferencial competitivo é respaldada por dados de mercado. Essa estratégia coloca a Pride na vanguarda da digitalização do setor e reforça seu diferencial competitivo, como mostram pesquisas de mercado. Empresas que incorporam tecnologias de ponta, incluindo IA generativa, são até 23% mais lucrativas e têm seis vezes mais chances de adotar IA em áreas logísticas. Além disso, o uso de IA está transformando o ambiente de trabalho e aumentando a produtividade em diversas tarefas, uma evolução essencial para empresas brasileiras se tornarem mais competitivas.
Por mais avançada que seja, nenhuma tecnologia opera sozinha. Por isso, o verdadeiro salto na maturidade analítica depende da capacidade humana de interpretar números, identificar padrões e tomar decisões com base em evidências. Contudo, segundo levantamento da PwC, mais da metade das companhias brasileiras relata dificuldade para encontrar ou treinar profissionais com perfil analítico. Na construção civil, o desafio é ainda maior, pois o setor carrega um histórico de baixa digitalização e uma cultura baseada no saber empírico. Imersa nesse cenário, a Pride Construtora decidiu investir no preparo técnico e cultural.
Além de treinar para o uso de ferramentas, a empresa criou estratégias para desenvolver as equipes. Um exemplo é a atuação dos chamados usuários-chave (key users), colaboradores de diferentes áreas que se tornam referências em dados e apoiam seus colegas na interpretação de painéis e relatórios. “É uma forma de levar o conhecimento para dentro das equipes, respeitando a realidade de cada área”, explica Flávio Miguel Breda.
Outro marco foi o evento Pride 4.0 Impulsionando Resultados, realizado em maio de 2025, que reuniu lideranças e profissionais-chave da empresa em workshops e debates sobre inteligência nos negócios, automação e cultura de dados. “Nossa proposta era ir além da tecnologia, formando um repertório comum e fortalecendo o senso de colaboração entre áreas”, comenta Flávio. Tecnologia, pessoas e visão integrada.