Marcello Casal Jr/ABr

Final de ano chegando e os trabalhadores que têm direito ao 13º salário, já estão se programando para utilizá-lo. No Brasil, são 85 milhões e meio de brasileiros que aguardam com expectativa o pagamento em duas parcelas, sendo que a primeira parcela será paga até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro, conforme a empresa. Mas, como usar da melhor forma esse dinheiro extra? Alunos e professores do projeto de extensão ‘Consultório da Saúde Financeira’, da Estácio, vão realizar até o dia 5 de dezembro, atendimentos pré-agendado gratuito e online para aqueles que precisam de uma orientação mais assertiva neste momento.

Idealizado pelo economista e professor da Faculdade Estácio, Hugo Meza, o Consultório Financeiro é um projeto de extensão universitária da Estácio, criado para disseminar conhecimentos de educação financeira, assim como fornecer orientação educativa em finanças pessoais. Nesses dias em que o trabalhador aguarda o recebimento das parcelas do 13º, alunos de Contabilidade e Administração, com orientação dos professores, estarão disponíveis para realizar atendimento de análise de dívidas, para aqueles que estão com pagamento atrasados, assim como orientar sobre investimentos, contratos de financiamentos e planejamento para o próximo ano para os que estão com a contabilidade em dia.

Para quem está endividado e recebe o valor extra, explica ele, a primeira providência é diminuir o custo da dívida. “Toda dívida tem a sua taxa de juros e todo mês esses juros crescem e corroem a renda futura do trabalhador”. Já para quem está em dia com as suas contas e não quer consumir com as festas e gastos de final de ano, o economista recomenda, como melhor opção, os investimentos. “A poupança é uma opção para os mais conservadores, paga pouco, mas a pessoa pode ter o dinheiro a qualquer momento com liquidez total.
Outra boa opção, elenca Meza, é usar o dinheiro do 13º para antecipar, por exemplo, as compras do material escolar, que em fevereiro estarão mais caras; ou guardar para pagar os impostos de início do ano como o IPVA e o IPTU. “Investir ou antecipar pagamentos são boas opções para quem procura qualidade de vida e tranquilidade no dia a dia”, destaca o economista.

Tira-dúvidas – Segundo o economista é comum as pessoas terem dúvidas em relação ao 13º. Uma delas é “quem tem direito ao 13º?”. Ele explica que são todos os trabalhadores com carteira assinada. Para os que trabalharam os doze meses do ano de 2022, o valor é o equivalente a um mês de salário extra. Para aqueles que não cumpriram os 12 meses, o pagamento é proporcional ao período trabalhado. “Se a pessoa está trabalhando sobre o regime de CLT e for demitida no quarto mês, por exemplo, o 13º é calculado parcialmente aos quatro meses trabalhados. Ela receberá uma parte do 13º. Inclusive, até mesmo um mês sobre o regime de CLT também já contabiliza o tempo trabalhado”, explica o economista.

13º não é bonificação – O professor da Estácio traz uma reflexão para aqueles que pensam que o 13º é uma bonificação. “O 13º salário foi e é usado de maneira mercadológica para passar a impressão que é uma bonificação da empresa, mas ele nada mais é que um cálculo matemático, que compensa os meses do ano com cinco semanas, mas que naquele mês foi pago como se ele tivesse trabalhado quatro. O que todos chamam de ‘gratificação do 13º salário’ na verdade são dias trabalhados”, finaliza o economista.

Serviço
Os interessados em receber orientações de como usar o 13º, podem entrar em contato com a Faculdade Estácio pelo site do Consultório de Saúde Financeira: www.consultoriosaudefinanceira.com.br/ . Por ele é possível fazer o agendamento, que estará em aberto até o dia 5 de dezembro. O atendimento será individualizado com todo o sigilo e o respeito à Lei de Proteção de Dados do Consumidor.