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Foto: Pixabay

Com a chegada das criptomoedas, o comércio eletrônico mudou. Essa nova forma de pagamento levantou muitas questões e, até hoje, ainda está cercada de desinformação sobre suas verdadeiras características. Mesmo se expandido para diferentes indústria e com o uso cada vez mais comum, os mitos sobre os criptoativos ainda são uma realidade.

Mito 1: Criptomoedas podem ser facilmente falsificadas

A base das criptomoedas é a tecnologia blockchain que é conhecida por sua segurança de alto nível. Cada transação é registrada em um ‘bloco’, ligado criptograficamente ao bloco anterior, formando uma cadeia inalterável e auditável. Isso torna o processo de falsificação mais do que difícil, é virtualmente impossível, o que garante a integridade das transações sem necessidade de intermediários.

Diversas empresas e setores no Brasil, incluindo o financeiro, imobiliário e de logística, adotaram essa tecnologia para aumentar a eficiência operacional e a segurança de dados. Isso mostra a confiabilidade do sistema blockchain em termos de autenticação e integridade de transações, tornando, de fato, a falsificação de criptomoedas algo altamente improvável.

Mito 2: Criptomoedas não têm valor real

Embora o valor de um token não seja tão claro como o de uma nota ou moeda, isso não significa que esses ativos digitais não tem valor real. O valor das criptomoedas é determinado pelo mercado, baseado em oferta e demanda, como qualquer outra moeda. A flutuação pode ser alta, mas isso não diminui seu valor real ou potencial como meio de troca.

Prova disso é que você pode utilizar altcoins para fazer compras, pagar por serviços e trocar por moedas fiduciárias. Se você joga em um Bitcoin cassino, por exemplo, é exatamente igual a qualquer cassino onde se aposta a dinheiro real. Além disso, a adoção de criptomoedas pode aumentar a eficiência para as empresas, reduzindo custos associados a transações tradicionais e barrando fraudes.

Mito 3: Uso de criptomoedas expõe informações pessoais

Na verdade, é exatamente o contrário. Diferente do que se possa pensar, as criptomoedas oferecem um alto grau de anonimato. As transações não exigem que as partes se conheçam pessoalmente e não envolvem informações pessoais sensíveis.

Na prática, as criptomoedas não requerem que as partes envolvidas nas transações revelem suas identidades diretamente e usam apenas chaves públicas para transacionar.

Mas isso não significa que as atividades sejam completamente anônimas. Todas as transações são registradas em um livro-razão público, conhecido como blockchain, e, apesar de não incluírem nomes ou dados pessoais diretamente, elas podem ser rastreadas até o endereço de uma carteira digital.

Esse registro público significa que, com ferramentas e métodos apropriados, é possível rastrear transações específicas de volta aos seus participantes, mas os dados pessoais dos usuários permanecem protegidos.

Mito 4: Criptomoedas são ilegais

A legalidade das criptomoedas varia por país, mas elas não são ilegais de forma universal. Muitos países já estabeleceram regulamentações claras, e outros estão explorando formas de incorporar essas moedas digitais ao sistema financeiro formal. Por exemplo, grandes bancos como Itaú e BTG Pactual estão explorando a tokenização de ativos, transformando produtos financeiros tradicionais em tokens digitais.

A falta de regulamentação em algumas áreas não equivale à ilegalidade. Mas as criptomoedas não são ilegais no Brasil. Na verdade, o país adotou uma abordagem regulatória proativa com a sanção do Marco Legal das Criptomoedas (Lei 14.478/2022), que entrou em vigor no início de 2023. Esse marco legal estabelece diretrizes claras para a operação de criptoativos, enfocando a segurança e a prevenção de fraudes.

O Banco Central do Brasil tem um papel importante nessa regulamentação, autorizando e supervisionando as empresas que operam com esses ativos digitais no país.

Mito 5: Investir em criptomoedas não é rentável

Apesar de sua volatilidade, as criptomoedas têm demonstrado potencial de alto retorno sobre o investimento. O Bitcoin, por exemplo, valorizou muito desde que foi criado em 2009. É certo que as criptomoedas podem não ser adequadas para todos os investidores, mas elas podem oferecer boas oportunidades para aqueles dispostos a assumir os riscos.

O número de investidores de criptomoedas no Brasil cresceu 50% de 2021 para 2022, indicando um aumento no interesse nesse mercado.

Atualmente, estima-se que 6,3 milhões de brasileiros investem em ativos digitais, com uma presença particularmente forte entre a geração mais jovem, a Geração Z, que mostra grande afinidade por investimentos mais dinâmicos oferecidos pelas criptomoedas​.