Curitiba está entre as capitais com maior alta nos preços de imóveis

Redação Bem Paraná com assessoria

No cenário nacional geral, os preços ficaram estáveis (Franklin de Freitas)


Curitiba está entre as capitais com maior valor nominal do metro quadrado já registrado em toda a série histórica do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.

“O crescimento da economia, com a queda do desemprego e o aumento real da renda das famílias, acabou favorecendo o aumento do custo em 2024, ainda que em menor nível que o observado nos anos anteriores. Para este ano, não há sinais de que esse cenário irá se alterar. A possibilidade de aumento da taxa Selic e as novas regras para financiamento da Caixa devem fazer com que muitos acabem adiando o sonho da casa própria. Com isso, a demanda pelo aluguel deve crescer e os preços devem continuar subindo”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.


Raio X dos preços (do m² em cada cidade)

São Paulo R$ 59,82 R$ 65,63 9,72%
Rio de Janeiro R$ 39,09 R$ 42,22 10,16%
Belo Horizonte R$ 33,73 R$ 38,36 13,71%
Curitiba R$ 36,43 R$ 42,02 15,34%
Porto Alegre R$ 32,12 R$ 36,84 14,71%
Brasília R$ 43,46 R$ 49,94 15,73%

Ano de desaceleração nos preços

Após a recuperação das perdas durante a pandemia em 2023 e de um processo intenso de aceleração nos preços, o que se viu no ano passado foi um arrefecimento. Os preços continuaram a subir, mas não na mesma proporção que no ano anterior.


As altas acumuladas em 2024 não passaram dos 15% em nenhuma das seis capitais analisadas – situação bem diferente da observada no final de 2023, quando Belo Horizonte chegou a expressivos 22,88% e Curitiba, a 21,03%.


“Não são altas inexpressivas, principalmente se comparadas à inflação acumulada em 2024. Mas mostram uma mudança no cenário”, diz Reis.

Baixos descontos nas negociações


E se no final de 2023 o desconto médio nas negociações havia diminuído consideravelmente, em 2024 esse processo se acentuou ainda mais. Todas as cidades fecharam o ano com percentuais mais baixos que os registrados um ano atrás – no caso de Brasília, ele se manteve igual.
Média dos descontos (em cada cidade)

2023 2024

São Paulo 3,7% 3,1%

Rio de Janeiro 2,6% 2,4%
Belo Horizonte 3,0% 2,6%
Curitiba 2,9% 2,2%
Porto Alegre 3,6% 3,0%
Brasília 2,1% 2,1%

“Os dados revelam um mercado bastante aquecido. Apesar de não ser uma notícia tão boa para os inquilinos, é importante ressaltar que ainda existe margem para negociação. Por isso, é essencial se preparar para conseguir barganhar e obter o melhor preço. Pesquisar bem, verificar o preço médio de imóveis vizinhos ou no mesmo condomínio, fazer a lição de casa para fazer o valor caber no bolso”, conclui Reis.