MANANA CAFE
Café é um dos itens que maus subiu de preço na Grande Curitiba em 2025 (Foto: Franklin de Freitas)

A Grande Curitiba registra a maior inflação do Brasil em 2025. É o que revela a mais nova edição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o levantamento, desde o início do ano até agosto os preços na Região Metropolitana já subiram 3,56%, em média. O índice para o ano fica acima da média nacional (de 3,26%), seguido de perto pela inflação na região de São Paulo (+3,51%) e de Belo Horizonte (+3,48%)

Todos os nove grupos pesquisados pelo IBGE na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) registram alta nos preços em 2025. Educação (+6,75%), alimentação e bebidas (+4,76%), saúde e cuidados pessoais (+4,6%) e vestuário (+4,59%) são os que mais encareceram. Na sequência aparecem ainda os gastos com artigos de residência (+3,45%), despesas pessoais (+3,16%), transportes (+2,70%), habitação (+1,72%) e comunicação (+1,69%).

Os itens que mais encareceram e os que baratearam

Entre todos os itens pesquisados pelo IBGE, 18 registram alta superior a 10% no ano, com especial destaques para alimentos e bebidas. O caso mais emblemático é o do pepino, que ficou 94% mais caro entre janeiro e agosto. Ou seja, o fruto praticamente dobrou de preço ao longo do ano. Na sequência aparecem ainda o café moído (+52,76%), o tomate (+39,15%), a manga (+25%) e o chocolate em barra e bombom (+21,94%).

Por outro lado, oito itens ficaram pelo menos 10% mais baratos em 2025. Feijão preto (-30,93%), batata-inglesa (-28,04%), laranja-pera (-21,33%) e arroz (-20,79%) são os principais destaques. Em seguida vem passagem aérea (-15,99%), melão (-13,96%), cebola (-12,98%) e pacote turístico (-12,2%).

IPCA-15

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados pelo IBGE no período de 16 de julho a 14 de agosto (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de junho a 15 de julho (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

Inflação em agosto registra a maior queda em quase três anos

Apesar da inflação em 2025 ainda estar pesando no bolso dos curitibanos, o mês de agosto trouxe algum alívio aos consumidores. Isso porque no mês de referência o índice de preços na cidade recuou 0,17% na região. É a maior queda num mês em quase três anos. A última vez que algo assim havia ocorrido foi em outubro de 2022, quando a inflação na Grande Curitiba recuou 0,24%. Também registrou-se variações negativas em dezembro de 2023 (-0,01%) e agosto de 2024 (-0,03%), mas com valores mais modestos.

O resultado do último mês reflete a baixa de preços em cinco dos nove grupos de despesas pesquisados pelo IBGE. Habitação (-1,38%) foi o principal destaque. Vestuário (-0,58%) e transportes (-0,51%) aparecem na sequência, enquanto comunicação (-0,39%) e alimentação e bebidas (-0,03%) fecham a lista. Já os gastos com despesas pessoais (+1,01%), educação (+0,71%), saúde e cuidados pessoais (+0,55%) e artigos de residência (+0,48%) ficaram mais caros ao longo do mês pesquisado.