
O período de festas de final de ano é sinônimo de consumo aquecido. E para atender a demanda dos consumidores, o comércio paranaenses passará a funcionar em horário especial na próxima semana. O chamado ‘horário natalino’, previsto em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) celebrada entre o Sindicato dos Empregados no Comércio de Curitiba (Sindicom) e o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Curitiba e Região Metropolitana (Sindilojas), começa a valer no próximo domingo (1º de dezembro).
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Conforme acordado entre os sindicatos, entre os dias 1º e 24/12 as empresas da Grande Curitiba poderão trabalhar até 22 horas, de segunda a sexta-feira. Nos sábados (dias 7, 14 e 21 de dezembro), o horário será até 21 horas. E aos domingos (1, 8, 15 e 22 de dezembro), das 10 às 19 horas.
O acordo é válido para os trabalhadores que têm seus contratos regidos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas. Aos empregadores, permanece a obrigação de respeitar a jornada máxima de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Há possibilidade de duas horas extras diárias, entre outras questões previstas nas cláusulas 29 e 30 da Convenção Coletiva de Trabalho.
Conforme Gilberto Deggerone, presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), a expectativa é que a cara do comércio curitibano comece a mudar já no final de semana. “Respeitando as regras desse acordo, a cidade vai se transformando com uma movimentação de mais tempo com lojas abertas, mais tempo com gente andando pelas ruas, pelas lojas, pelos shoppings. E isso tudo é muito positivo”, celebra ele.
Após um ano de desafios, expectativa é de boas vendas
Ainda de acordo com Deggerone, o comércio paranaense, de uma forma geral, viveu um ano de desafios. Quem tem loja física segue se adaptando a uma nova linguagem, a do digital. Ao mesmo tempo, ter um ponto físico encareceu muito, ‘engolindo’ o lucro de muitos comércios.
“A maioria [dos comerciantes] estão lutando pelo dia a dia, pela economia. Mas a gente sempre tem esperança para o mês seguinte”, diz o presidente da ACP. “O nível de vendas neste ano possivelmente ficará próximo do ano passado. Mas é algo que se manteve a custos mais elevados, então a margem de lucro é menor, eu não tenho nenhuma dúvida disso. O próprio estado do Paraná fez uma elevação de sua taxação de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços], e isso tudo interfere na última linha, na cadeia final”, explica.
Por outro lado, a expectativa dos comerciantes é grande para o final de ano. Todos se prepararam para o período de liquidação de novembro (com as Black Weeks, Black Friday e outros eventos) e agora estão preparados para o final de ano, que é o momento mais aguardado pelo setor.
“As atrações de Natal pela cidade, o divertimento, a roda gigante, o clima de generosidade, as ruas enfeitadas, tudo isso cria um clima de festa, um clima contagiante, e daí as pessoas acabam gastando mais. Mas neste ano tem um aspecto importante: nós temos uma sondagem mostrando que o 13º deste ano será utilizado, principalmente, para pagar dívidas, atualizar o crédito. É um número alto”, pontua ainda ele.