SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar recuava pelo segundo dia nesta terça-feira (29), acompanhando a desvalorização da moeda americana frente a outras divisas emergentes no exterior. A sessão era novamente marcada pelo baixo volume de negócios, antes do feriado de Ano Novo.
Às 11h25, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,28%, para R$ 3,848 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, recuava 0,33%, também a R$ 3,848. No exterior, o dólar caía sobre 13 das 24 principais moedas emergentes do mundo.
Segundo operadores, também influencia o mercado de câmbio nesta terça-feira a expectativa pela formação da ptax (taxa média de câmbio calculada diariamente pelo Banco Central, cujo valor no último dia útil de cada mês serve como referência para contratos no mercado financeiro), na quarta-feira (30).
Internamente, os investidores seguem cautelosos em relação ao cenário fiscal brasileiro, digerindo a notícia de que o setor público registrou em novembro um deficit de R$ 19,6 bilhões. No ano, o rombo acumulado ficou em R$ 39,5 bilhões, valor recorde e o dobro do apurado no mesmo período de 2014.
O Banco Central dará continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, deve ser a última do tipo em 2015.
No mercado de juros futuros, os contratos oscilavam com sinais opostos na BM&FBovespa, às 11h25. O DI para janeiro de 2016 se mantinha em 14,140%, enquanto o DI para julho de 2016 subia de 15,145% a 15,155%. Já o DI para julho de 2021 apontava taxa de 16,380%, ante 16,475% na sessão anterior.
BOLSA EM ALTA
O principal índice da Bolsa brasileira devolvia parte da perda registrada na véspera e operava no azul nesta terça-feira, acompanhando o bom desempenho dos mercados acionários na Europa, antes da abertura das negociações em Nova York.
O movimento global era guiado pela valorização nos preços das commodities, como o petróleo. Às 11h25, o Ibovespa subia 0,41%, para 43.943 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 215 milhões.
Na esteira do avanço nos preços do petróleo, a Petrobras via sua ação preferencial, mais negociada e sem direito a voto, ganhar 1,34%, para R$ 6,79. Já a ordinária, com direito a voto, subia 1,97%, para R$ 8,78.
A estatal também informou logo após o fechamento do pregão da véspera que concluiu a venda de 49% da subsidiária Gaspetro à japonesa Mitsui.
Os bancos também colaboravam para manter o Ibovespa no azul. Este é o setor com a maior participação dentro do índice. Às 11h25, tinham valorizações o Itaú (+0,71%), o Bradesco (+0,35%), o Santander (+0,67%) e o Banco do Brasil (+0,33%).
Em sentido oposto, as ações preferenciais da Vale cediam 0,69%, para R$ 10,02 cada uma, enquanto as ordinárias tinham baixa de 0,71%, para R$ 12,55. O movimento de baixa dos papéis da mineradora ocorria mesmo após o preço do minério de ferro negociado no mercado à vista da China ter fechado a sessão em alta. Este é o principal destino das exportações da Vale.