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Trump (X/Reprodução)

Presidentes das federações das indústrias de todo o País defendem um adiamento de 90 dias na aplicação das novas tarifas dos Estados Unidos. A decisão saiu após reunião de emergência realizada nesta segunda-feira (14).

A reunião, em formato virtual, foi convocada pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban. E discutiu o anúncio do governo norte-americano, feito na semana passada, de elevação tarifária de até 50% sobre produtos brasileiros.

“Esse prazo é considerado essencial para que a indústria brasileira possa analisar de forma mais aprofundada os efeitos da medida, além de buscar soluções diplomáticas para evitar perdas mais amplas”, diz a CNI, em nota.

A estimativa preliminar apresentada durante a reunião aponta para uma possível perda de pelo menos 110 mil postos de trabalho. Isso pode ocorrer caso a medida entre em vigor nos termos anunciados, em 1º de agosto. Haveria ainda um forte impacto negativo no PIB, ainda não estimado.

Os participantes também defenderam uma condução do processo de negociação “com prudência, equilíbrio e diálogo técnico, preservando os canais institucionais entre os dois países e reforçando a necessidade de cooperação para manter relações comerciais estáveis e previsíveis”.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, também participou do encontro. Segundo a CNI, ela informou que as ponderações serão encaminhadas ao governo.

Comitê interministerial se reúne nesta terça

Como mostrado mais cedo pela Estadão/Broadcast, o comitê interministerial montado pelo Palácio do Planalto para analisar o tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, começará a se reunir com representantes dos setores econômicos a partir desta terça-feira, 15. Será a partir das impressões e estudos apresentados por esses setores da economia que o governo pretende embasar sua resposta ao governo norte-americano.