A praça Santos Andrade recebe, neste sábado (20), um evento realizado pela Universidade Positivo (UP) que faz parte do movimento global Fashion Revolution. O objetivo é ampliar a conscientização sobre impactos sociais e ambientais da indústria da moda, e organizar uma série de atividades em Curitiba, com ações presenciais e on-line. Na edição deste ano, 82 estudantes dos cursos de Design, Design de Moda, Design Visual e Economia estão envolvidos na iniciativa, que conta com a participação da instituição desde 2018.
No sábado, das 14h às 18h, uma oficina de customização de peças gratuita e aberta ao público reúne centenas de estudantes. Quem passar pelo espaço terá a oportunidade de aprender sobre moda consciente e sustentabilidade e como dar nova vida a roupas e acessórios usados. Ao longo da tarde serão realizadas atividades das chamadas manualidades, que incluem tecelagem, costura, crochê e bordado. Também está prevista a produção de almofadas para serem doadas para pessoas em situação de rua.
Segundo o estudante embaixador do evento em Curitiba, Mi Coelho, é um momento para refletir sobre todas as etapas do setor, a partir de provocações como as hashtags #QuemFezMinhasRoupas e #DoQueSãoFeitasMinhasRoupas. O movimento Fashion Revolution foi criado após o desastre do Rana Plaza em 2013, em Bangladesh, que deixou mais de 1,1 mil mortos e 2,5 mil feridos, a maioria trabalhadores precarizados da indústria da moda. Em Curitiba, a organização ficou sob a responsabilidade do professor Hélcio Fabri.
A coordenadora do curso de Design de Moda da UP, Gabriela Vargas, comenta que a participação no movimento está relacionada com as diretrizes do curso e com as exigências curriculares do Ministério da Educação (MEC). “Estamos preparando nossos alunos para o desenvolvimento sustentável, numa ação muito conectada com os 17 objetivos listados pela ONU, que envolvem também as questões de gênero e raciais, dentro de princípios éticos e socialmente comprometidos”, enfatiza. O evento também conta com oficina inclusiva para moda plus size, pessoas com deficiência e para comunidades periféricas, além de uma ação especializada em bordado e pedraria.