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Corredor de exportação da Portos do Paraná Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

O Paraná teve um desempenho positivo na exportação de carne de peru no primeiro semestre de 2025. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, publicado nesta quinta-feira (7) pelo Deral, o estado exportou 6.233 toneladas e arrecadou US$ 16,63 milhões, crescimento de 4% em receita em comparação com o mesmo período do ano passado.

Mesmo com o Paraná em alta, Santa Catarina segue como o maior exportador, com 9.239 toneladas e receita de US$ 22,63 milhões. No entanto, o estado registrou queda de quase 30% no volume exportado e 15% a menos em faturamento.

O Rio Grande do Sul ficou em segundo lugar, com 8.296 toneladas e US$ 19,76 milhões, também com queda tanto em volume (-18%) quanto em receita (-22,3%). Os dados foram analisados pelo Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura, com base na plataforma Agrostat Brasil, do Ministério da Agricultura e Pecuária.

No geral, as exportações brasileiras de carne de peru enfrentaram uma queda no primeiro semestre de 2025, com retração de 18,8% em volume e 20% em receita cambial. Os dados mostram que o País embarcou 24 mil toneladas do produto entre janeiro e junho, o que gerou uma receita de US$ 59,538 milhões. No mesmo período do ano anterior foram 29.571 toneladas, com a entrada de US$ 74,377 milhões.

Os principais mercados da carne de peru brasileira no primeiro semestre de 2025 foram: Chile (3.129 toneladas e US$ 10,534 milhões), África do Sul (2.734 toneladas e US$ 3,535 milhões), México (2.167 toneladas e US$ 5,738 milhões), Países Baixos (2.062 toneladas e US$ 8,944 milhões) e Guiné Equatorial (1.728 toneladas e US$ 2,823 milhões). “É notável que, apesar da retração geral, o Paraná conseguiu um resultado positivo em receita”, disse o analista do Deral, Roberto Carlos Andrade e Silva.

Bovinos

O boletim do Deral registra ainda a expectativa que se criou de que a carne bovina estaria entre as exceções na aplicação de tarifa extra de 50% por parte do governo dos Estados Unidos, o que acabou não acontecendo no primeiro momento. A tarifa passou a valer na quarta-feira (06).

No entanto, pela demanda crescente da população norte-americana e o elevado preço da carne bovina ao consumidor naquele mercado, o segmento tem esperança que negociações amenizem a tarifa. No Brasil, o preço da arroba tem experimentado alta e no momento do fechamento do boletim se posicionava em R$ 301,00.

Suínos

Em relação à suinocultura, o documento cita o porcentual de 98,88% da população suína paranaense com o rebanho atualizado na campanha organizada pela Adapar entre os meses de maio e junho. O resultado representou avanço em relação ao ano anterior, quando 98,71% tiveram os cadastros atualizados.

A espécie suína, que já tinha apresentado o melhor resultado em 2024, também liderou agora. A ela se seguem os bovinos, com 97,37% de atualizações, búfalos (95,23%), asininos (94,69%), equinos (92,33%), ovinos (92,13%) e caprinos (90,57%).