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Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA)

A Petrobras realizou na última semana a entrega do primeiro lote de ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo), na Araucária Nitrogenados S.A. – Ansa, subsidiária integral da companhia, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A fábrica tinha sido fechada em 2020 e a reativação foi anunciada em julho do ano passado. A estimativa é que a fábrica inicie sua operação plena no início do segundo semestre de 2025.

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Atualmente, a planta está em processo final de manutenção dos equipamentos para o início das atividades e já iniciou a produção do ARLA 32. Situada ao lado da Refinaria Getúlio Vargas – Repar, a Ansa tem capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia, o que corresponde a 8% do mercado; 475 mil toneladas/ano de amônia; além de 450 mil m³/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32). 

O ARLA 32 está sendo produzido por meio de um contrato de industrialização por encomenda da Yara, líder global em nitrogenados, que é responsável pelo fornecimento da ureia e pela comercialização do produto final, conforme acordo assinado pelas duas companhias e comunicado ao mercado em novembro de 2024. Os testes e o início da produção começaram em junho deste ano, conforme divulgado pela Petrobras na ocasião. 

O marco representa a retomada da produção nacional do ARLA 32 pela Petrobras e é a primeira entrega de um produto da Ansa ao mercado após a hibernação da planta, em 2020. Depois da aprovação do retorno das atividades operacionais, em junho de 2024, a fábrica passou por um conjunto de intervenções de manutenção, visando assegurar a integridade dos equipamentos e a adequação da planta para a retomada da produção. A partida da planta de ureia está prevista para os próximos dias. 

Fábrica de fertilizantes da Petrobras: “Um passo importante para a consolidação das nossas operações e retomada plena da fábrica”

“É um grande marco por ser a primeira expedição da produção da Ansa desde 2020. Um passo importante para a consolidação das nossas operações e retomada plena da fábrica”, ressalta o diretor industrial da Ansa, Marcelo dos Santos Faria. 

“O setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras. Estamos retomando os investimentos nesse segmento, a partir de estudos de viabilidade técnica e econômica, com o objetivo de ampliar nosso mercado de gás e contribuir para a redução da dependência da importação de fertilizantes no Brasil. Além disso, com a produção de ARLA 32, mais do que diversificar nosso portfólio, estamos contribuindo com um produto essencial para redução de emissões veiculares e preservação ambiental”, afirma o diretor de Processos Industriais da Petrobras, William França. 

“Em linha ao nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade, a parceria entre Yara e Ansa abre novas perspectivas para um mercado em crescimento, impulsionado pela ampliação da frota a diesel e pelo avanço das exigências ambientais”, afirma César Ribeiro, gerente comercial da Yara. 

A expectativa é alcançar uma produção mensal de 3 milhões de litros, com as primeiras entregas destinadas aos estados do Paraná e Santa Catarina.

Sobre o ARLA 32

O Agente Redutor Líquido Automotivo – ARLA 32 – é uma solução aquosa de ureia utilizada em veículos a diesel para reduzir as emissões de óxido de nitrogênio (NOx), um dos poluentes mais prejudiciais ao meio ambiente. O produto atua no sistema de escape, transformando os NOx em nitrogênio e vapor de água, que são inofensivos. Conforme previsto no acordo entre as duas empresas, a Ansa recebe da Yara ureia com baixo teor de biureto e, utilizando sua tecnologia, é feita a mistura com água desmineralizada, resultando em uma solução de alta pureza, com concentração de 32,5%. 

Sobre a retomada da Ansa

A Petrobras prevê investir R$ 6 bilhões no segmento de fertilizantes no quinquênio, incluindo projetos em estudo. Desse total, R$ 870 milhões são voltados para a retomada das atividades da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), no Paraná.

As operações da Ansa, Fafens-BA e SE e UFN-3 (em Três Lagoas, MS), quando totalmente concluídas, atenderão a cerca de 35% da demanda nacional de ureia, além de amônia e Arla 32.