
Em outubro, mais de 57, 9% dos consumidores quitaram as dívidas em atraso há mais de 60 dias. Os dados são do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil. Quando analisados os valores das dívidas, os compromissos acima de R$ 10 mil apresentaram a maior taxa de pagamentos no período (70,6%). Veja, nos gráficos abaixo, a visão do indicador dos últimos 12 meses e o recorte por valor da dívida: |
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“A queda de 3,5 pontos percentuais em relação a setembro na recuperação das dívidas reforça a dificuldade das pessoas em acertar suas contas diante do contexto de alta taxa de juros e aceleração da inflação, o que impacta diretamente a capacidade financeira das famílias, tornando a recuperação de crédito um desafio”, afirma a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack. Setor de “Utilities” lidera pagamentos Na análise setorial, o segmento de “Utilities”, que engloba contas de consumo como água, luz e gás, foi o mais priorizado pelos consumidores na hora de quitar seus débitos (68,0%). Por outro lado, as securitizadoras, empresas que compram carteiras de dívidas para posterior cobrança, tiveram a menor taxa de recuperação, com 2,6% das dívidas pagas. Veja, no gráfico a seguir, a visão completa com a comparação do mesmo mês em 2023: |
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Regiões Sudeste e Sul destacam-se na recuperação de crédito Entre as regiões do país, a Sudeste e a Sul registraram os melhores índices de pagamentos, com 60,6% e 60,5% das dívidas de outubro sendo regularizadas em até 60 dias, respectivamente. Na sequência vieram o Nordeste (59,2%) e o Norte (48,8%). O Centro-Oeste teve o menor índice de recuperação (47,1%). Confira os percentuais por Unidades Federativas (UFs) no gráfico a seguir: |
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Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, acesse. Metodologia O Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian considera o número de dívidas incluídas no sistema de inadimplência em cada mês específico. A medida de até 60 dias para quitação dos compromissos financeiros deste indicador foi selecionada por refletir a régua comum utilizada pelas soluções de cobrança, mas esse tempo pode variar de acordo com cada credor. Além disso, a série histórica do índice ainda é curta, com dados retroativos desde 2017, dessa forma, não é possível afirmar períodos de sazonalidade, uma vez que seria necessário contar com no mínimo 05 anos de observação para fazer essa análise |