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Geração Z desafia lideranças nas grandes empresas para manterem talentos. (Divulgação)

O mercado de trabalho tem mudando a uma velocidade, as vezes, muito difícil de se acompanhar. A cada nova geração, uma nova revolução ocorre. E, a mais desafiadora neste momento é a necessidade de convívio de uma quantidade de gerações antes nunca vista. E a chamada Geração Z, a mais nova, chega para revolucionar o modelo de trabalho vigentes.

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Quem é a Geração Z?

A chegada da Geração Z tem causado desafios significativos dentro das empresas. Nascidos a partir de 1996, esses jovens cresceram imersos em tecnologia, redes sociais e têm uma nova visão sobre trabalho, propósito e qualidade de vida.

De acordo com o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do Ecossistema Great People & GPTW, 51,6% dos profissionais afirmam ter dificuldades em lidar com as diferentes gerações nas empresas, e esse número sobe para 68,1% quando o tema é a Geração Z.

Para a empresária brasileira de sucesso nos Estados Unidos, Sophia Utnick-Brennan, especialista em gestão e liderança internacional, a raiz desse desafio está na diferença de valores.

“Essa é uma geração que busca muito mais do que salário, eles querem propósito, equilíbrio, desenvolvimento pessoal e qualidade de vida. Isso, naturalmente, gera conflito com modelos de liderança mais tradicionais, que valorizam estabilidade, hierarquia e jornada extensa de trabalho”,

explica.

O que muda com a Geração Z?

A Geração Z valoriza autonomia, flexibilidade, ambientes de trabalho mais horizontais e, principalmente, alinhamento com seus próprios valores. Se antes estabilidade era sinônimo de sucesso, hoje o desenvolvimento constante e o bem-estar são prioridades.

“Eles não têm medo de mudar, de largar empregos que não fazem sentido ou de buscar alternativas como empreendedorismo digital e trabalhos autônomos. E isso, para empresas que não estão preparadas, pode ser visto como falta de comprometimento, quando na verdade é uma busca por alinhamento pessoal e profissional”, pontua Sophia Utnick-Brennan.

Veja cinco estratégias para liderança da Geração Z

Para a especialista, a chave está na comunicação e na escuta ativa. A executiva pontua que é necessário que líderes saiam da postura de comando e controle para que possam entender essas novas demandas. Ainda conforme Utnick-Brennan, as empresas que não se adaptarem tendem a perder os melhores talentos dessa geração, que é extremamente criativa, conectada e preparada para a resolução de problemas de forma inovadora.

“O desafio das lideranças atuais é entender que não se trata apenas de gerir pessoas, mas de construir ambientes que façam sentido para todos. É uma mudança cultural, e quem entender isso primeiro, sai na frente”, finaliza Sophia Utnick-Brennan.