A reestruturação do Grupo Silvio Santos deve ter mais um capítulo nos próximos meses: a venda do braço varejista Baú da Felicidade. De acordo com o vice-presidente do grupo, Lásaro do Carmo Jr., o negócio deve ser fechado entre 60 e 90 dias e segue a venda da Braspag, de processamento de pagamentos online, para Cielo, anunciada na terça-feira (24).
Depois de perder o PanAmericano, após uma fraude contábil que gerou um rombo de R$ 4 bilhões no banco, o grupo Silvio Santos decidiu se reestruturar para não sofrer os impactos da venda do banco. Para isso, vai focar em três pilares “estratégicos” nos próximos cinco anos. Consumo, com a Jequiti Cosméticos; comunicação, com o SBT; e capitalização concentrando esforços na Liderança Capitalização (Tele Sena).
Dentro desse plano, o grupo decidiu se desfazer da Braspag e do Baú. Outras empresas, como a seguradora Panseg, a construtora Sisan e os hotéis Jequitimar permanecem no grupo, mas sem grandes investimentos, diz o executivo.
A venda do Baú está sendo negociada pelo Bradesco BBI. De acordo com Carmo, o grupo decidiu vender a empresa por não conseguir competir adequadamente no setor. “O varejo no Brasil sempre foi commodity. Para competir nesse mercado, você tem de ser um Wal-Mart, um Pão de Açúcar.”