HSBC confirma que há estudos de vender unidade no Brasil

Redação Bem Paraná com informações de agências online

Em nota, o banco britânico HSBC estuda a possibilidade de vender sua unidade brasileira. O posicionamento foi comunicadao ao mercado após demonstrações de interesse no negócio terem aumentado e o Santander Brasil ter se manifestado favorável a consideração de realizar a compra. O banco disse nesta sexta-feira, 22, que está explorando várias opções estratégicas, incluindo a venda de suas operações brasileiras. Nenhuma decisão sobre uma transação foi tomada até agora, disse o banco em um curto comunicado.

O comunicado foi repassado aos funcionários do banco, inclusive na sede brasileira, em Curitiba. Há informações internas de que há pressão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que a operação de venda fosse oficializada.

O presidente-executivo do Santander Brasil, Jesus Zabalza, disse nesta semana que estava estudando os termos de compra, apesar de ter declarado que pretendia saber mais detalhes antes de tomar uma decisão. O Santander é de origem espanhola e há alguns anos comprou o banco Real Amro. 

O presidente-executivo do HSBC, Stuart Gulliver, disse em fevereiro que os quatro negócios problemáticos da instituição financeira – Brasil, México, Turquia e Estados Unidos – precisavam melhorar ou serem vendidos. O banco iniciou processos de venda no Brasil e na Turquia, mas os negócios nos EUA e no México devem ser mantidos, disseram fontes.

O HSBC deve selecionar um comprador preferencial para sua unidade brasileira a partir do mês que vem. As ofertas pela unidade podem não ultrapassar seu valor contábil, estimado em cerca de US$ 3,3 bilhões, disseram fontes.

Além do Santander Brasil, também houve interesse de Bradesco, do BTG Pactual, do canadense Bank of Nova Scotia e do chinês ICBC, disseram fontes.

As unidades brasileira e turca são grandes negócios, mas não estão entre os cinco principais bancos nem no Brasil nem na Turquia. O HSBC teve prejuízo de US$ 247 milhões no Brasil e de US$ 64 milhões na Turquia no ano passado, uma vez que as perdas com as unidades de varejo ofuscaram os lucros com seus bancos de investimentos nos dois países.