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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Está no fim o prazo para a entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física 2025. A um dia do fim, o prazo final é sexta-feira, dia 30 de maio, a Receita Federal estima que ainda faltam cerca de 12 milhões de declarações a serem enviadas. Ou seja, cerca de um quarto do total esperado para este ano.

A orientação é clara e quem ainda não declarou o Imposto de Renda deste ano precisa agir com urgência para evitar multa e transtornos.

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    Segundo o professor Allan Marcelo de Oliveira, docente do curso de Ciências Contábeis da Uninter, os contribuintes devem redobrar a atenção nos últimos dias de prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda.

    “Deixar para a última hora pode causar uma sobrecarga no sistema da Receita Federal, o que acaba dificultando a entrega e aumentando os riscos de multa. O valor mínimo da penalidade por atraso é de R$ 165,74”, alerta.


    Sete dicas essenciais para quem precisa entregar a declaração do Imposto de Renda:

    1. Verifique se você está obrigado a declarar no Imposto de Renda
      “De forma geral, deve declarar quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888, rendimentos isentos ou exclusivos acima de R$ 200 mil, ganhos com venda de bens, movimentação superior a R$ 40 mil na bolsa de valores, ou ainda quem teve receita bruta superior a R$ 169.440 com atividade rural”, explica Allan. Também se enquadram quem possui bens acima de R$ 800 mil ou se tornou residente no Brasil em 2024.
    2. Escolha a forma de preenchimento e envio.
      A declaração pode ser feita pelo programa da Receita no computador, pelo site “Meu Imposto de Renda” ou via aplicativo para celular e tablet. “A praticidade está ao alcance de todos, mas é importante ter atenção aos dados”, afirma.
    3. Reúna toda a documentação necessária.
      “Informe de rendimentos do empregador, dos bancos, bens, direitos, dados dos dependentes e despesas dedutíveis como educação, saúde e pensão alimentícia são fundamentais para um preenchimento correto”, orienta Allan.
    4. Avalie o modelo mais vantajoso.
      “O próprio sistema da Receita indicará se é mais vantajoso usar o modelo simplificado ou o completo com deduções legais. Basta inserir os dados corretamente e verificar qual opção gera menor imposto a pagar ou maior restituição”, diz o professor.
    5. Restituição a caminho? Fique atento aos lotes.
      As restituições começam a ser pagas já em 30 de maio e seguirão até setembro. Allan recomenda: “Quem tiver valores a receber deve aproveitar esse recurso para quitar dívidas ou investir de forma inteligente.”
    6. Imposto a pagar? Planeje-se.
      Se houver imposto devido, o ideal é quitar à vista. “Se não for possível, é permitido parcelar, mas com incidência de juros. Nesse caso, opte pelo menor número de parcelas que caiba no seu orçamento. A parcela mínima é de R$ 50”, destaca.
    7. Não conseguiu terminar a declaração? Entregue mesmo assim.
      “Caso falte alguma informação, envie o que for possível até o prazo final e depois faça a retificação. O mais importante é não perder o prazo”, aconselha o especialista.
      O professor reforça que buscar ajuda profissional é sempre uma boa ideia. “Um contador pode ajudar a evitar erros que resultem em malha fina, multas ou perda de deduções importantes.”
      Com a reta final se aproximando, a recomendação é clara: organize seus documentos e envie a declaração o quanto antes para evitar contratempos.