
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, acumulou até maio uma alta de 3,23% na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tal variação fica acima da média nacional apurada e é a 4ª mais alta entre os 11 municípios ou regiões pesquisados.
No Brasil, a inflação acumulada no ano é de 3,12%. Entre os locais pesquisados, Belo Horizonte (3,58%), Goiânia (3,40%) e Belém (3,27%) tiveram altas mais expressivas que o Paraná, estado cujo índice inflacionário (de 3,23%) foi igual ao apurado em Salvador. As menores inflações do país, por outro lado, foram as de Recife (2,40%), do Rio de Janeiro (2,68%) e de Brasília (2,96%).
No caso curitibano, entre os nove grupos de itens pesquisados, todos registraram alta, com variações entre +1,13% (em vestiário) e +6,21% (em saúde e cuidados pessoais). Dentro desses grupos, há ainda 19 subgrupos pesquisados, dos quais apenas dois tiveram retração – aparelhos eletrônicos (-1,34%) e roupas (-0,08%). Já os gastos com produtos farmacêuticos e óticos (+6,92%), com cuidados pessoais (+6,81%) e com combustível e energia (+6,22%) foram os que mais subiram em 2023.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de abril e 15 de maio de 2023 (referência). A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Acima de 10%
A pesquisa do IBGE também permite avaliar quais os subitens que mais subiram ou caíram. Começando pelo que mais caiu de preço na RMC, os destaques são a cebola (-50,63%), a passagem aérea (-23,08%), o óleo diesel (-15,8%), a banana-d’água (-14,03%) e o alho (-10%). Por outro lado, pelo menos 20 ítens subiram acima de 10%, sendo que os hortifrutis de maneira geral pressionaram a cesta de alimentos.
Os 20 produtos e serviços que mais encareceram nos cinco primeiros meses do ano foram: cenoura (+84,17%), manga (+66,13%), repolho (+36,4%), alface (+27,68%), melancia (+19,91%), brócolis (+18,8%), uva (+18,38%) mamão (+18,01%), laranja-pera (+15,93%), TV por assinatura (+14,57%), produto para pele (+14,09%), tangerina (+13,84%), ovo de galinha (+13,54%), vinho (+12,54%), gás encanado (+11,71%), melão (+11,71%), feijão-preto (+11,38%), antidiabético (+11,22%), psicotrópico e anorexígeno (+10,89%) e antigripal e antitussígeno (+10,23%).
Inflação acumulada deste ano atinge menor nível desde início da pandemia
Ainflação oficial para o mês de maio de 2023 ficou em 0,23%, segundo o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado divulgado nesta semana foi abaixo do 0,61% registrado em abril. A alta acumulada neste ano é de 2,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,94%.
Foi a primeira vez, desde 2020, que o acumulado em um ano fica abaixo de 4%. A redução foi puxada especialmente pelos setores de transportes (-0,57%) e de artigos de residência (-0,23%), os únicos a registrarem queda no IPCA de maio.
O resultado nos transportes foi causado pela queda nos preços das passagens aéreas (-17,73%), dos combustíveis (-1,82%), por causa da queda do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%).
Também foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para quem tem renda de um a cinco salários mínimos. A variação em maio foi de 0,36%, abaixo do registrado em abril (0,53%).
No ano, o INPC acumula alta de 2,79% e, nos últimos 12 meses, de 3,74%. Em 2022, a taxa de maio foi de 0,45%. O Índice é o termômetro da carestia para as famílias nessa faixa de renda.