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Mercado imobiliário fica agitado no início do ano em Curitiba (Franklin de Freitas)

Em Curitiba, o mercado imobiliário apresenta números positivos entre novembro e fevereiro, isso porque a procura por imóveis para locação aumenta. O principal fator relacionado à alta demanda é o início do ano acadêmico nas universidades.

“A procura por imóveis nesta época do ano é alta, porque as pessoas fazem reflexões e as mudanças acabam surgindo. E o imóvel faz parte disso, seja por mudança de cidade, trabalho ou faculdade. Então, historicamente, o mercado fica movimentado durante esse período”, comenta Leonardo Baggio, vice-presidente do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) e diretor do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR).

Em novembro de 2023, o crescimento foi de 2,5 pontos porcentuais (p.p.) em comparação a outubro, com registro de 19,4%, de acordo com o levantamento mais recente feito pelo Inpespar, integrante do Secovi-P

A Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma das instituições mais concorridas do estado, ofertou 4.186 vagas em Curitiba no vestibular mais recente. O fato é que grande parte dos estudantes vêm de municípios do Paraná e de outros estados do Sul. Assim, a procura por imóveis perto dos campus aumenta.

A título de exemplo, o último balanço divulgado pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) apontou que tanto nas negociações de locações residenciais, quanto nas comerciais, o Centro lidera a lista de bairros mais desejados com uma representação de 14,2% e 34,2%, respectivamente.

Crescimento o ano inteiro

Apesar da sazonalidade clara nos períodos de volta às aulas, Baggio afirma que o mercado locatício em Curitiba foi movimentado durante todo o ano. Além disso, a taxa de inadimplência na capital é de 1%, o que demonstra um trabalho organizado por parte das imobiliárias, que vai desde a análise do cadastro até as cobranças.

As casas de alvenaria com dois dormitórios, que levam cerca de 27 dias para serem locadas, se enquadram no perfil de imóvel que registrou o menor tempo de disponibilidade no mercado durante o mês de novembro. Em seguida, os apartamentos com dois e três quartos.

Novo perfil

De acordo com o levantamento de 2023 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros que vive em domicílio próprio vem caindo desde 2016. Em contrapartida, em seis anos, a parcela da população que mora em imóveis alugados cresceu quase 3%. Esta busca pela flexibilidade é reforçada pela pesquisa da Agência Today, que mostra que 80% dos jovens entre 25 e 39 anos preferem alugar um imóvel a comprá-lo.