A intenção de compra das famílias brasileiras teve alta de 0,2% em janeiro, chegando a 104,9 pontos, segundo o índice que mede a intenção (ICF). Apesar de seguir a tendência de alta observada em dezembro de 2024, o indicador apresentou uma queda de 0,9% em relação a janeiro de 2024. Os dados foram divulgados na quinta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O ICF é um indicador que mede o potencial das vendas do comércio, apurado mensalmente pela CNC. Os resultados medem o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores. Quando o índice, que vai até 200 pontos, está abaixo de 100 pontos, indica insatisfação. Já quando está acima de 100 pontos, é um indicativo de satisfação.
A pontuação observada em janeiro, portanto, indica satisfação. De acordo com a CNC, apesar do desafio no momento atual, consumidores se mostram confiantes no futuro.
Segundo a Confederação, as famílias de maior renda e as mulheres foram mais cautelosas em consumir. As famílias que ganham acima de 10 salários mínimos (o equivalente a R$ 15.180) apresentaram retração de 0,2% em janeiro em relação a dezembro de 2024. Já as de menor renda avançaram 0,3%.
Na comparação anual, entre as mulheres, a intenção de consumo caiu 1,4% na comparação entre janeiro de 2025 com janeiro de 2024. Entre os homens, essa queda foi de 0,4%. Os motivos, de acordo com a CNC, são as restrições do acesso ao crédito e as perspectivas profissionais.
Apesar de registrar uma queda de 0,3%, o Emprego Atual permanece como o subindicador mais bem avaliado da ICF, com 126,3 pontos, demonstrando que os consumidores estão confiantes no mercado de trabalho.
Intenção de compras das famílias apresenta leve alta em janeiro

(Valter Campanato/Agência Brasil)