IBGE

A queda de 0,38% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio foi o mais baixo resultado desde agosto de 1998, quando recuou 0,51%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio de 2019, o IPCA ficou em 0,13%.

Com o resultado de maio de 2020, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses desacelerou de 2,40% em abril para 1,88%, ante uma meta de 4% perseguida pelo Banco Central este ano. A taxa do IPCA em 12 meses foi a mais baixa desde janeiro de 1999, quando estava em 1,65%.

Nos índices regionais, todas as dezesseis áreas pesquisadas tiveram deflação em maio. A região metropolitana de Belo Horizonte teve o menor índice, com recuo de 0,60%, principalmente por conta da queda nos preços da gasolina (-6,61%) e das passagens aéreas (-28,14%). Curitiba e Campo Grande aparecem empatadas como a segunda maior deflação no período com  0,57%.

Já o índice mais elevado foi observado na região metropolitana do Recife (-0,18%), em função das altas nos preços da cebola (31,31%) e do automóvel novo (1,86%) e também da queda menos intensa nos preços da gasolina (-3,59%). 

Por causa do quadro de emergência de saúde pública causado pela Covid-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de abril a 28 de maio de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de março a 29 de abril de 2020 (base).