Criado por uma dupla de insraelenses preocupados com a nova economia, o jogo de tabuleiro FreshBiz está conquistando território no mundo corporativo e se consolidando como uma ferramenta inovadora para autoconhecimento, gestão de pessoas e seleção de talentos. Vivenciado por mais de 50 mil pessoas em mais de 20 países, a técnica vem sendo aplicada no Brasil há três anos e já foi utilizada em grandes empresas como Google, HP, IBM, Pepsico, Bunge e Cielo. Duas mil pessoas de oito cidades brasileiras já viveram a experiência.

De maneira lúdica e divertida, o FreshBiz auxilia gestores e profissionais a desenvolverem habilidades e novos comportamentos para lidar com os desafios da nova economia, tais como flexibilidade, criatividade, dinamismo, colaboração; isto é, aquilo que as organizações do mundo moderno estão exigindo no mercado de trabalho. Se a palavra de ordem é inovação, as técnicas de capacitação e desenvolvimento também estão se adequando.

O FreshBiz Game promove entre seus participantes o pensamento empreendedor e a inovação, dentro de um cenário baseado na nova economia. O mais interessante da dinâmica é perceber como os jogadores se comportam diante dos paradoxos que vivemos no mundo atual, como escassez e abundância, colaboração e competição, criatividade e medo, protagonismo e vitimização, comenta Janete Schmidmeier, sócia da Amarílis e aplicadora do jogo no Sul do Brasil.

As aplicações do FRESHBIZ dentro do mundo corporativo são diversas, desde projetos para formação de líderes, construção e integração de equipes, abertura e fechamento de programas de desenvolvimento e ações de planejamento estratégico, entre outras tantas possibilidades.

E o jogo não é um caso isolado: a diversão analógica dos anos 80 e 90 voltou com cara de aprendizado. Os tradicionais jogos de tabuleiro foram repaginados e agora servem de ferramenta de treinamento corporativo. Com maior dinamismo e interação entre participantes, os jogos permitem a descoberta de comportamentos que antes podiam ser maquiados durante as dinâmicas de grupo mais tradicionais. Os jogos permitem aprendizado e treinamento das habilidades em uma metodologia de simulação que interage com o sistema, tirando o indivíduo do aprendizado passivo e permitindo que os integrantes sejam agentes ativos no processo, testando seus conhecimentos e agregando novas compreensões, explica Graziela Merlina da Apoena RH.

A explicação para o sucesso é científica. Pesquisas indicam que durante o jogo o cérebro não diferencia se está em um desafio real ou simulado, portanto, o comportamento no jogo é semelhante aos desafios da vida e, por isso, é uma fonte direta de autoconhecimento.

Segundo representantes da APOENA, empresa responsável pela implantação do jogo no Brasil, o uso, cada vez mais intenso, dos jogos dentro dos ambientes corporativos trouxe para as organizações o movimento chamado de gamification ou gamificação, que é a arte de aplicar os elementos de games em um contexto que não é um jogo, ou seja, é o uso da mecânica dos jogos para agregar valor com o objetivo de instruir, influenciar no comportamento do indivíduo e incentivar resultados práticos. A gamificação ajuda a transformar o ambiente corporativo em algo mais interessante e atraente para os profissionais, além de promover o engajamento, afirma Graziela Merlina, fundadora da APOENA.