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Ônibus elétrico em Curitiba (Foto: Ricardo Marajó/SECOM)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o maior financiador de ônibus elétricos da América Latina, aponta estudo do C40 Cities e Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT).

Curitiba é umas das cinco capitais brasileiras beneficiadas com crédito do banco para frota elétrica. A Capital paranaense recebeu R$ 380 milhões para adquirir 54 unidades. A frota elétrica vai evitar emissão de 5.632 toneladas de CO2 equivalente/ano.

As primeiras operações do BNDES na área foram iniciadas em 2023, e desde então se tornou o maior financiador de ônibus elétricos da América Latina, segundo o estudo “Mecanismos de financiamento disponíveis para ônibus e veículos de carga zero emissões” do C40 Cities e ICCT, que tem como objetivo acelerar a adoção de veículos de emissão zero nas cidades da região.

De acordo com o estudo, o BNDES lidera o ranking latino-americano, com mais de 12% do valor total alocado a projetos de ônibus elétricos. Na sequência, aparecem a empresa privada VG Mobility, com cerca de 10%, e o banco comercial BNP Paribas, com aproximadamente 8%. O Banco Mundial (World Bank) e o IDB Invest também se destacam, com participações entre 4% e 6%.

Além do BNDES, outros bancos públicos brasileiros figuram entre os 20 principais financiadores da região, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

“A liderança do BNDES no financiamento à eletrificação da frota nacional de ônibus reforça o compromisso do Banco com o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Esse apoio estimula a produção nacional de chassis, carrocerias, peças e baterias, impulsionando a geração de empregos qualificados e fortalecendo a indústria brasileira, ao mesmo tempo em que contribui para a consolidação de uma economia de baixo carbono, prioridade do governo do presidente Lula”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O relatório foi elaborado com base em entrevistas conduzidas pela ZEBRA (Zero Emission Bus Rapid-deployment Accelerator) com instituições financeiras dos principais países com projetos de ônibus elétricos: Chile, Colômbia, Equador, México e Brasil.

Financiamentos – Desde 2023, o total do crédito aprovado pelo BNDES para ônibus elétricos soma R$ 3,8 bilhões, em projetos para os municípios de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP), o estado do Espírito Santo e o operador privado Mobibrasil. Os financiamentos alavancam R$ 5,4 bilhões em investimentos e são destinados à aquisição de 1.701 ônibus para o transporte público, que representam potencial de redução de emissões de 115 mil toneladas de CO2 ao ano.