Mais de 100 postos da região de Curitiba já estão sem uma gota de combustível

Ana Ehlert com assessoria

Narley Resende

Mais de 100 dos 800 postos de Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba (RMC) já estão sem combustível nesta manhã de quinta-feira 24, segundo fontes do setor.  Sem confirmar o número de postos desabastecidos o Sindicombustíveis do Paraná, enviou uma nota informando que "a situação no momento é muito crítica e tende a se agravar nas próximas horas caso o governo não haja com maior rapidez."

Ainda nada nota, representantes do sindicato informaram que houve "registros de desabastecimento geral nos grandes centros urbanos do Paraná, mas o número de postos que não tem mais produtos é grande e vem aumentando rapidamente. Isto ocorre em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava e Foz do Iguaçu. Em localidades mais afastadas destas cidades a situação é mais grave e alguns municípios estão sem combustível."

As regiões que enfrentam maior dificuldade, segundo o Sindicombustíveis é no litoral do Paraná, onde a mair parte dos postos já não tem mais combustível.  Em Ponta Grossa e União da Vitória informações desta manhã apontam escassez completa de etanol e gasolina. Restam estoques de diesel nas duas cidades. Além dos bloqueios dos grevistas, contribuiu para este quadro preocupante a grande demanda que desta última quarta-feira, 23, à tarde, com a formação de longas filas. O consumo foi muito superior ao normal. 

Escolta policial

A maioria dos polos de distribuição de combustíveis do Paraná continua com acesso bloqueado pelos grevistas. Ainda de acordo com a nota do Sindicombustíveis, nas últimas horas alguns caminhões tanque conseguiram abastecer nos polos de Curitiba e saíram com escolta policial. Em Londrina alguns caminhões também conseguiram realizar abastecimento durante a noite.

Este fluxo, entretanto, ocorre num volume bem menor do que o normal. "O Sindicombustíveis-PR entende que a atuação do governo têm sido muito lenta, tanto na negociação com os grevistas como na garantia de segurança mínima para os caminhoneiros que querem continuar trabalhando", finaliza a nota.