Moradores da Vila Divino, no bairro Atuba, em Curitiba, assinaram na sexta-feira (18) a homologação para uso de placas fotovoltaicas no primeiro condomínio do local. A documentação foi apresentada por agentes da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), que também explicaram os benefícios da energia solar. A expectativa é que, após a tramitação com a construtora e a Copel, as 72 placas estejam em funcionamento no prazo de até um mês.
Segundo o presidente da Cohab, André Baú, a iniciativa faz parte das ações de sustentabilidade desenvolvidas junto à comunidade. “A atuação da Cohab vai além da entrega das casas. Envolve integração social, preservação ambiental e desenvolvimento urbano, sempre buscando melhorias para a população”, afirmou.
O engenheiro civil Abdo Ilraman Mohamed Charchich, do setor de fiscalização de obras da Cohab, explicou que o sistema de geração distribuída trará economia direta na conta de luz dos moradores. “Se uma família consome 120 kWh por mês e as placas gerarem 30 kWh, ela pagará apenas pelos 90 kWh restantes. Como muitos já têm acesso à tarifa social, a fatura pode até zerar”, destacou.
A moradora Luzinete de Souza, de 57 anos, comemorou a assinatura. “É uma economia e tanto. A luz é um gasto pesado, e agora vamos poder usar esse dinheiro com outras necessidades”, disse.
Sustentabilidade no cotidiano
A instalação das placas solares integra um conjunto de medidas sustentáveis adotadas no projeto. Segundo Vagner Natalício Cipriano de Aguiar, gestor ambiental da Vila Divino, o condomínio também foi construído com calçamento em paver, material que facilita a drenagem da água da chuva, e recebeu o plantio de mais de 850 árvores nativas.
Educação ambiental para as crianças
Além das melhorias estruturais, a Cohab promoveu atividades socioeducativas com cerca de 47 crianças do condomínio, nos dias 15 e 16 de julho. Os encontros contaram com jogos como quebra-cabeças, fornecidos pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e abordaram temas como guarda responsável de animais e conservação da cobertura vegetal.
“As crianças são multiplicadoras. O que aprendem aqui, levam para casa e ajudam a transformar o ambiente familiar”, explicou Suelen Adur, assistente social do projeto.
Para a moradora Maiara Aguiar da Silva, que é trancista e mãe de Hugo, de 3 anos, e Heitor, de 4, a iniciativa foi muito positiva. “Ensina as crianças a cuidarem do que é delas e incentiva o respeito com o meio ambiente e os bichinhos. Isso é muito importante”, avaliou.