O ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 25, após dados mistos dos Estados Unidos levantarem dúvidas sobre o desempenho da economia americana e sobre a trajetória de juros do Federal Reserve (Fed).

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,18%, a US$ 2.342,50 a onça-troy.

Os preços do ouro foram apoiados neste pregão pelo crescimento mais lento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, junto a persistência da inflação, no primeiro trimestre de 2024. Este cenário colocou em dúvida a precificação de cortes de juros do Fed a partir de setembro. Segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group, a probabilidade de manutenção das taxas subiu de 30,2% ontem para 40,6% por volta do horário citado.

O cenário impulsionou o dólar e os juros dos Treasuries em um primeiro momento, mas a moeda americana voltou a perder força ante rivais fortes. O dólar fraco também tende a favorecer o ouro e outras commodities por baratear a aquisição para detentores de outras moedas.

Analista da XTB MENA, Hani Abuagla aponta que as tensões geopolíticas continuam como outro fator importante para o ouro. “Se a tensão persistir e as taxas de juros forem reduzidas, isso poderá estimular ainda mais o ímpeto de comprar ouro, também de fundos ETF, que constituem a peça final na construção de um mercado em alta de vários anos em metais preciosos”, afirma Abuagla.

Em relatório, o Banco Mundial projeta que o preço do ouro deve atingir novos recordes neste ano, antes de moderar ligeiramente em 2025. Além dos desafios geopolíticos, a alta deve ocorrer em virtude de uma forte procura por parte de vários bancos centrais de países em desenvolvimento, segundo a instituição.

*Com informações da Dow Jones Newswires