
O clima severo no mês de outubro refletiu negativamente nos setores da gastronomia e entretenimento do Paraná. Os temporais registrados ao longo do mês fizeram o faturamento de outubro cair cerca de 40% em praticamente todos os segmentos econômicos do Estado, estimam a Feturismo e Abrabar, entidades filiadas à Confederação Nacional do Turismo (CNTur) e que representam empresas dos meios de hospedagem, parques aquáticos, gastronomia, entretenimento e eventos e acompanham atentamente uma verdadeira “gangorra climática de intempéries”.
As situações adversas vão de norte a sul do Brasil, especialmente em alguns estados que tradicionalmente passavam alheios a interferência da natureza, analisa em artigo Fábio Aguayo, presidente da Abrabar e diretor da Feturismo. “Em São Paulo, os prejuízos causados pela chuva chegam a casa de meio bilhão de reais, segundo estimativa da FHORESP, entidade filiada a CNTur. Tudo motivado pelas chuvas de um dia e falta de preparo da companhia de energia do estado”.
“No Paraná não foi diferente e diversas regiões ficaram embaixo da água em outubro, gerando milhões de prejuízos a diversos setores, especialmente ao nosso”, ressalta. Aguayo adianta que setores de turismo, gastronomia e de entretenimento se preparam agora para os eventos de fim de ano, como confraternizações e festas, especialmente nos feriados prolongados, “onde todos obviamente esperam lucro suficiente para deixar no passado os prejuízos da pandemia”, disse.
“Infelizmente, o que está ocorrendo agora é um novo pesadelo e muitos estão contabilizando prejuízos e novas contas inesperadas para voltar as atividades”, reflete Aguayo. Nesta cadeia, ainda segundo ele, quem sofre mais são os microempresários e pequenos empreendedores com grandes perdas e sem fluxo de caixa ou reservas.