
A bolsa de São Paulo teve mais uma sessão de fortes perdas nesta quinta-feira (12), tendo acionado o circuit breaker por duas vezes, o que não acontecia desde a crise de 2008 e com o índice Ibovespa tendo o pior desempenho desde 1998, reflexo do clima de pânico nos mercados globais em torno da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com dados preliminares, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, caiu 15,15%, a 72.269,67 pontos, no menor patamar desde 28 de junho de 2018. Foi a pior performance desde 10 setembro de 1998, ano marcado pela crise financeira russa, quando fechou em baixa de 15,8%. O volume financeiro da sessão somava R$ 27,68 bilhões.
O tombo só não foi maior porque o Federal Reserve de Nova York anunciou que irá injetar US$ 1,5 trilhão no sistema financeiro em um esforço para tentar acalmar os investidores.
Dólar
Na manhã desta sexta, o dólar chegou a R$ 5,01 mas houve redução na cotação com a atuação do Banco Central (BC). No primeiro leilão, foram ofertados US$ 2,5 bilhões, com US$ 1,278 bilhão em propostas aceitas. Em seguida, o BC ofertou US$ 1,250 bilhão e vendeu US$ 332 milhões. Houve ainda uma terceira ação para injetar US$ 1 bilhão, mas nenhuma proposta foi aceita. No fim, o dólar fechou o dia em R$ 4,786 um novo recorde.
Semana dura
Foi o terceiro dia na semana com grande instabilidade. Na segunda-feira, por causa do coronavírus e também da queda do preço do barril de petróleo, por causa de uma disputa entre a Rússia e a Arábia Saudita, a bolsa teve de utilizar do circuit breaker pela primeira vez. A queda no dia foi de 12,17%.
Depois de operar com certa tranquilidade na terça, na quarta-feira voltou a sofrer a influência do coronavírus, com o anúncio de pandemia, e o circuit breaker foi acionado novamente quando a bolsa apresentava queda de 10,11%. Neste dia a Bolsa fechou em queda de 7,64%
Preço da gasolina nas refinarias cai 9,5% e do diesel 6,5% a partir desta sexta
A crise econômica mundial causada pela pandemia do novo coronavírus e a disputa entre Rússia e Arábia Saudita sobre o nível de produção do petróleo fizeram baixar o preço dos combustíveis nas refinarias da Petrobras. Segundo a estatal, a gasolina teve redução de 9,5% e o diesel, de 6,5%. A informação foi divulgada ontem.
Os novos preços estarão em vigor a partir de hoje nas vendas às distribuidoras, mas os valores finais aos motoristas dependerão de cada posto, que acrescem impostos, taxas e custos com mão de obra. Além disso, o mercado brasileiro é baseado na livre concorrência, fazendo com que cada empresa cobre o que achar melhor, segundo explica a Petrobras.
De acordo com pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 1º e 7 de março, o preço médio ao consumidor no país, para a gasolina, era de R$ 4,531. Para o diesel, o preço médio era de R$ 3,661.