
O Paraná foi um dos estados que mais viu crescer a venda de veículos em 2024. É o que revelam dados divulgados hoje pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
- Custo médio da cesta básica em Curitiba foi de R$ 727 em 2024
- Número de empresa abertas no Paraná cresce 5% e fecha 2024 com saldo positivo de 133.659
Em todo o país, o emplacamento de veículos teve alta de 15,49% no ano passando, saltando de 4.107.811 em 2023 para 4.744.179 em 2024. O resultado é o melhor para o segmento desde 2007 (quando a expansão chegou a mais de 29%).
E o Paraná teve uma atuação destacada para o ótimo desempenho nacional. Isso porque, no estado, as vendas tiveram alta de 21,06%, saltando de 236.113 veículos para 285.835. Foi o segundo melhor resultado entre todos os estados das regiões Sul e Sudeste, atrás apenas do desempenho do Espírito Santo (+24,33%, com 104.738 emplacamentos num ano ante 84.245 no outro).
No Norte e no Nordeste, estados como Amapá (+47,67%), Paraíba (+27%), Rio Grande do Norte (+25,32%) e Alagoas (+24,39%) também tiveram desempenhos superiores ao paranaense.
Vendas de motos, caminhões e automóveis são as que mais cresceram no Paraná
As motos são o principal motivo para o desempenho paranaense. No ano passado, 83.160 veículos desse tipo foram emplacados no estado, com alta de 44,89% ante os 57.397 emplacamentos de 2023.
Na sequência, os emplacamentos de caminhões também tiveram expressivo crescimento (+21,82%), saltando de 11.938 unidades para 14.543. Já os automóveis aparecem em terceiro lugar (+17,4%), com 126.024 vendas de unidades novas, ante 107.343 em 2023.
As comercializações de ônibus (+16,4%) e veículos comerciais leves (+10,33%) também tiveram resultado positivo, como se pode ver na tabela abaixo.

Manutenção do crédito e diversificação de produtos explicam resultado
“O setor foi impulsionado por fatores como a manutenção da oferta de crédito e a constante diversificação de produtos, em todos os segmentos, no mercado nacional. Como resultado desses fatores, os emplacamentos de 2024 ficaram próximos das projeções apresentadas pela Fenabrave, em outubro (+16,8%), sendo superiores às perspectivas que tínhamos no início do ano (+13,5%). Acreditamos que as festas de fim de ano, que aconteceram no meio das duas últimas semanas de dezembro, embora os dias 24 e 31 tenham sido considerados úteis, acabaram impactando nas vendas, pois muitas pessoas e empresas estavam em período de recesso, reduzindo, principalmente, as vendas corporativas”, analisa Arcelio Junior, novo Presidente da Fenabrave, eleito para o triênio 2025-2027.
Para ele, “ficou evidente a sensibilidade do nosso setor e a capacidade de adaptação que temos diante do mercado e dos movimentos da macroeconomia, seja nacional como internacional. Itens como câmbio, renda, crédito e outros fatores conjunturais, de contexto econômico e político, influenciam nos negócios do setor, o que dificulta, neste momento, fazer prognósticos precisos para os próximos 12 meses, pois estamos diante de variáveis importantes em vários quesitos, tanto políticos como econômicos”, conclui Arcelio Junior.