A economia do Paraná deve encerrar 2025 com uma forte injeção de recursos por causa do pagamento do décimo terceiro salário. Segundo estimativa do DIEESE, o benefício deve movimentar R$ 13,578 bilhões somente nos principais municípios do estado, o que representa 80,4% do total que será distribuído ao mercado formal paranaense.
O estudo aponta que 2,916 milhões de paranaenses serão contemplados com o décimo terceiro até dezembro. Entre celetistas e servidores estatutários, o valor médio do rendimento adicional deve chegar a R$ 4.656,55. A estimativa considera trabalhadores do setor público e privado registrados na RAIS de 2023, acrescidos das contratações formais registradas no Novo Caged até setembro de 2025.
O levantamento inclui apenas assalariados do mercado formal. Não entram no cálculo trabalhadores autônomos, empregados sem carteira assinada e categorias com recebimento antecipado por acordos coletivos, além de aposentados e pensionistas do INSS e servidores vinculados a regimes próprios de previdência, já que esses dados não estão disponíveis por município.
Curitiba lidera concentração dos valores pagos
Entre as 40 cidades avaliadas, o estudo revela uma forte concentração dos recursos em poucos municípios. Curitiba, Londrina e Maringá respondem juntas por 45,15% de todo o valor que será movimentado no estado. Quando entram na conta São José dos Pinhais e Cascavel, os cinco municípios somam 52,24% dos recursos.
Curitiba também apresenta o maior valor médio de décimo terceiro, estimado em R$ 5.811,36. Do outro lado da lista está Matelândia, com o menor valor médio previsto: R$ 2.977,62.
O montante projetado deve movimentar principalmente os setores de comércio e serviços, que tradicionalmente concentram as compras de fim de ano. Para o Estado, o décimo terceiro segue como uma das principais injeções sazonais de renda, com reflexos diretos no consumo, na arrecadação e no aquecimento das economias locais.
Qual o prazo para pagamento do 13º salário?
A primeira parcela deve ser paga até o dia 30 de novembro, podendo ser antecipada por solicitação do trabalhador durante as férias. Já a segunda parcela precisa ser quitada até o dia 20 de dezembro, descontando-se o INSS e o Imposto de Renda quando aplicável. Esses prazos valem para todos os trabalhadores com carteira assinada, inclusive servidores públicos celetistas, e são fiscalizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.