
A ideia de pai que prioriza o trabalho e está ocupado demais para participar da criação dos filhos está cada vez mais ultrapassada. E esse comportamento é cada vez menos valorizado, de acordo com uma pesquisa realizada pelo departamento Boston College Center for Work and Family, Universidade de Boston, nos Estados Unidos.
Muito pelo contrário, as empresas têm buscado profissionais que possuem filhos. A pesquisa mostra que estes profissionais apresentam maior dedicação, comprometimento e responsabilidade na sua atuação.
A Gateware, empresa de tecnologia e inovação focada em pessoas, é uma dessas empresas que reconhece os “papais profissionais”. Na organização existe uma maior flexibilidade nos horários e home office, que ajudam os pais na rotina e correria com os filhos.
Francisco Ferreira, CEO da Gateware, tem um filho de 8 anos e aproveita bastante os momentos com o seu pequeno. “Uma escolha que fiz, foi não terceirizar a criação do meu filho. Eu não abro mão de levá-lo e buscá-lo na escola, por exemplo. Eu que o acordo, ajudo a trocar de roupa e realizar a higiene pessoal diária dele, acompanho as tarefas da escola com ele e conversamos bastante nesse caminho para a aula. Quando tem alguma atividade ou apresentação da escola, sempre participo”.
Entretanto, Francisco tem uma vida atarefada e muitas vezes, quando está curtindo os momentos livres com seu filho, recebe ligações e mensagens referentes a Gateware. “Apesar de estar com meu filho e curtindo um momento com minha família, eu atendo as ligações profissionais. Vejo se se trata de assunto urgente e se outra pessoa pode resolver no meu lugar”, explica.
O CEO explica que é difícil conciliar e diminuir o tempo destinado à empresa, visto que o sustento familiar depende desse trabalho. “Eu tento equilibrar, mas o tempo que eu passo na empresa continua alto, a empresa precisa de mim. Além do nosso sustento e conforto do meu filho, tenho pessoas e famílias que dependem dessa empresa também. Acredito que durante a semana eu passo bastante tempo aqui, para poder tirar os momentos livres com minha família”.
Apesar das dificuldades para adaptar-se a uma rotina de trabalho e família, Francisco garante que ser pai é gratificante. “Não é fácil cuidar de um filho, é uma relação conflituosa que acaba sendo bastante prazerosa. Mas, tudo vale a pena, tudo é recompensado, é gratificante ver o sorriso dele”.
Para os futuros pais, o CEO dá dicas:
– Entenda que a vida e os programas em família vão passar por mudanças, depois do nascimento de um filho é preciso pensar primeiro no bem-estar dele;
– Esteja preparado financeiramente para dar um conforto para seu filho, sem contar que ocasionalmente podem acontecer emergências;
– Aproveite todos os momentos com eles, principalmente quando são crianças, isso vai ficar marcado para sempre na memória de ambos;
A criação de filhos teve muita mudança com o avanço das gerações. Antigamente, a educação ficava com a mãe e o pai apenas como provedor da família. Isso se transformou e hoje em dia, os pais fazem questão de estar presente em todas as etapas de criação das crianças. Apesar de ter se tornado pai com 50 anos, mais velho que a maioria dos pais, Francisco acredita na importância de participar da criação de seu filho e dividir tarefas. “Eu sempre falo que às vezes sou mais avô do que pai, essa relação é difícil, mas a paciência é a peça chave”, finaliza.